Economista do Banco Mundial, Cornelius Fleischhaker, pontuou que reforma da previdência em Mato Grosso é necessária para que o Estado não precise sacrificar a qualidade dos serviços públicos e aumentar impostos.
Fleischhaker é gerente do projeto de políticas de desenvolvimento para ajuste fiscal e sustentabilidade ambiental de Mato Grosso e afirmou que um sistema previdenciário desequilibrado é um grande risco em qualquer lugar do mundo, o que ocasiona grandes crises fiscais.
“Nas nossas projeções, vimos claramente que há uma tendência do aumento de déficit caso as reformas não sejam feitas. Quando fizemos as contas, vimos que, sem reforma, o déficit previdenciário do estado ia triplicar em termos reais até 2035 comprometendo uma parcela cada vez maior da receita estadual”, destacou.
O economista frisou que no estado a idade média para aposentadoria é menor que em outros lugares, o que pode reduzir curva do déficit nos próximos anos e décadas. Ele pontuou que seria pior para os mato-grossenses se o Estado tivesse que gastar cada vez mais para pagar dívidas da previdência e, como consequência, tivesse que ter menos dinheiro para os serviços públicos.
“Com base no perfil demográfico dos servidores, o sistema previdenciário de Mato Grosso vai enfrentar um grande aumento das aposentadorias nas próximas décadas. O número de aposentados no regime público de Mato Grosso tende a dobrar nos próximos 15 anos. Acompanhar a reforma feita em nível federal e também introduzir a previdência complementar permitirão o estado reduzir o déficit previdenciário e proteger os serviços essenciais como saúde, educação e infraestrutura", disse.
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