As Contas Regionais 2016, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o Produto Interno Bruto (PIB) de Mato Grosso mais que dobrou em 6 anos.
A evolução foi de 118% entre 2010 e 2016, ao saltar de R$ 56,601 bilhões para R$ 123,834 bilhões. No período, a participação de Mato Grosso na economia do país cresceu, passando de 1,5% para 2%. Já na região Centro-Oeste, a participação foi de 15,9% em 2010 para 19,5% em 2016.
O valor da remuneração (somado salários e contribuição social) avançou de R$ 22,234 bilhões em 2010 para R$ 45,484 bilhões em 2016 (104%). No entanto, a participação da remuneração no PIB caiu de 39,3% para 36,7%. A fatia dos impostos sobre a produção baixou, de 13% para 9,5%, embora em volume tenha crescido de R$ 7,379 bilhões para R$ 11,747 bilhões (59,2%). Já a participação do excedente operacional bruto e rendimento misto cresceu. Somou 26,988 bilhões (47,7%) em 2010 e R$ 66,603 bilhões em 2016 (53,8%).
Entre 2015 e 2016, o PIB estadual caiu 6,3%. A produção agrícola aumentou e representou 18,6% da economia de Mato Grosso, contra 15,9% em 2015, embora tenha registrado recuo no volume produzido de 28,2%, por conta da estiagem, especialmente, no período de 2ª safra.
O problema climático fez muitos produtores perderem dinheiro, mesmo com a valorização de preços, em decorrência da queda na oferta.
A Indústria apresentou queda em volume de 4,5%, em que pesou o desempenho da atividade da construção, com decréscimo de 12,9%. Serviços recuou 1,9%; comércio e reparação de veículos automotores e transporte, armazenagem e correio, baixaram 9,4% e 5%, respectivamente.
4º maior
O PIB per capita de Mato Grosso cresceu 415% em 14 anos. O valor foi de R$ 37.462,74 em 2016 e ocupou a 4ª colocação entre as 27 unidades da federação. Evoluiu em relação ao valor registrado em 2002, quando ocupava a 11ª colocação entre os Estados, e o PIB per capita era de R$ 7.265,37. Em 2016, o valor matogrossense representou 3 vezes o do Maranhão, de R$ 12.264,28, o menor do país. Os dados são do IBGE.
A renda per capita tem acompanhado o desenvolvimento das regiões com atividade no agronegócio, que acaba estimulando outras cadeias produtivas do comércio e serviços. Esse desempenho explica o crescimento da participação estadual no PIB nacional e no ranking entre os maiores PIBs per capita do país.
Desafio do desenvolvimento
O maior desafio é Mato Grosso crescer de forma sustentável. Embora muitos conheçam a palavra "sustentável" como algo relacionado à natureza não é disso que estamos falando. É o crescimento sustentável da população que acaba sendo penalizada com a deficiência de serviços públicos com a máquina pública cada vez mais inchada e sem capacidade de investimentos.
Não adianta Mato Grosso ser uma estado rico somente para alguns. Precisa também haver mais desenvolvimento para o cidadão e demais setores produtivos. O MT Econômico avalia que a industrialização é algo que não deve ficar somente na teoria, mas acontecer de fato. Estímulo aos empreendedores da área de comércio e serviços também é necessário para a geração de emprego e renda no estado. O agronegócio também é um setor importante, pois estimula outras cadeias produtivas. Enfim, Mato Grosso possui muito potencial, mas tem que haver maior equilíbrio para o desenvolvimento econômico e social acontecer de forma "mais sustentável".
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