O secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, Cesar Miranda, se reuniu ontem, em Dubai, com representantes da DP World, que administra o Porto de Jebel Ali e a Zona Franca de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O objetivo do encontro foi buscar exemplos e soluções efetivas para colocar a Zona de Processamento e Exportação (ZPE) de Cáceres em funcionamento.
O governo de Mato Grosso retomou as obras da ZPE em fevereiro de 2020, após 30 anos de paralisações. O projeto tem investimentos previstos em R$ 16 milhões. “Já estamos com 70% da parte administrativa da ZPE de Cáceres pronta, com inauguração prevista ainda no primeiro semestre deste ano, e precisamos buscar soluções para a operacionalização do local, tanto administrativa, como de logística. O exemplo de sucesso da Zona Franca de Dubai nos oportuniza pensar em um projeto para Mato Grosso”, destacou.
Outro ponto positivo do encontro foi a perspectiva para as empresas de Mato Grosso ampliarem seus negócios nos Emirados Árabes, utilizando o Porto e a Zona Franca de Dubai para venderem seus produtos, ou, como um hub para países da África Central e Oriente Médio.
“Somos responsáveis por 33% da atividade econômica de Dubai, uma movimentação anual de mais de 100 bilhões de dólares. São mais de 8 mil empresas que estão localizadas na Zona Franca e que oferecem serviços de logística e armazenamento”, explicou o representante da DP Word, Thiery Vartormme, acrescentando que outra grande facilidade é que o porto e a zona franca, interligados ao aeroporto de cargas.
O mercado da região, segundo Thiery, está aberto para ampliar novos contratos e diversificar fornecedores. “A região necessita de segurança alimentar e a ampliação dos negócios é estimulada pelo governo. O que está em franca expansão é o comércio de proteína de frango, pois 60% do que eles consomem é originário do Brasil”, afirmou. Além do frango, o mercado também está aberto para as demais proteínas animal e vegetal.
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“O que buscamos é ampliar as oportunidades para a nossa indústria e para os produtores. Isso pode gerar mais empregos e oportunidades em nosso Estado”, reforçou Cesar Miranda.
Para a vice-presidente da Aquamat, Patrícia D’Oliveira Marques, o mercado do Oriente Médio é uma grande oportunidade para os produtores mato-grossenses. “É um leque de oportunidades que se abre para o nosso peixe. Prospectar mercados pode transformar a nossa economia e, consequentemente, dar um destino rentável à nossa produção”, ponderou.
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