O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou informações do módulo Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores 20231 , da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (PNAD-C). Essas informações representam a consolidação de dados de aproximadamente 168 mil domicílios, no país, que participaram da amostra da pesquisa ao longo dos quatro trimestres do ano de referência.
A PNAD Contínua levantou informações sobre: estrutura dos domicílios com foco nos materiais utilizados em sua construção. Entre os itens avaliados estão o material empregado nas paredes externas, o tipo de material predominante na cobertura e o material predominante utilizado no piso das habitações e serviços de saneamento básico, como abastecimento de água, presença de banheiro e esgotamento sanitário, e destino do lixo, além do acesso à energia elétrica. A PNAD Contínua, cabe destacar, visita os domicílios selecionados por cinco trimestres consecutivos, uma vez a cada trimestre, sendo as características gerais dos domicílios investigadas somente na primeira visita ao domicílio.
Em 2023, o estado tinha 1,2 milhão de domicílios particulares permanentes. Cerca de 92,4% (1,1 milhão) desses domicílios eram casas, enquanto 6,7% (85 mil) eram apartamentos e 0,9% (11 mil) era habitação em casa de cômodos, cortiço ou cabeça de porco. Na capital do estado – Cuiabá – havia 219 mil domicílios particulares permanentes, sendo que 80,8% (177 mil) eram casas, 18% (39 mil) eram apartamentos e 1,2% (3 mil) eram habitações em casa de cômodos, cortiço ou cabeça de porco.
Quanto ao material predominante na cobertura dos domicílios de Mato Grosso, 78,7% (996 mil) possuíam telha sem laje de concreto enquanto 10,7% (136 mil) domicílios tinham telha com laje de concreto. Outros 1,8% (23 mil) tinham somente laje de concreto, e 8,8% (111 mil) domicílios possuíam outro material na cobertura.
Em Cuiabá, 64,8% (142 mil) dos domicílios particulares possuíam telha sem laje de concreto, 29,8% (65 mil) possuíam telha com laje de concreto, 4,8% (11 mil) possuíam somente laje de concreto e 0,6% (1 mil) havia outro tipo de material como cobertura na residência. Nas paredes, 79,8% (194 mil) dos domicílios do estado usavam alvenaria ou taipa com revestimento enquanto 7,5% (95 mil) usavam alvenaria ou taipa sem revestimento, 9,2% (116 mil) usavam madeira apropriada para construção e 3,5% (45 mil) usavam outro tipo de material.
Na capital do estado, 88,5% (194 mil) domicílios possuíam alvenaria ou taipa com revestimento e em 10,5% (23 mil) dos domicílios havia alvenaria ou taipa sem revestimento, 0,5% (1 mil) possuía madeira apropriada. Em Mato Grosso, a cerâmica, lajota ou pedra estavam presentes em 84% (1,06 milhão) no piso dos domicílios, 15% (190 mil) eram pisos de cimento, 0,4% (5 mil) eram de madeira e 0,6% (8 mil) eram de outro material. Em Cuiabá, 93,5% (205 mil) dos domicílios tinham cerâmica, lajota ou pedra no piso e 6% (13 mil) utilizavam cimento como material predominante. Tipo e condição de ocupação dos Domicílios Entre os 1,2 milhão de domicílios, em Mato Grosso, 55,2% eram próprios já pagos.
O predomínio do imóvel quitado, entretanto, vem caindo constantemente desde 2016, quando o percentual era de 63,7%. Em contrapartida, nesse período, vem aumentando o percentual de domicílios alugados, que saiu de 21,7% (237 mil) em 2016 e alcançou 30% (380 mil) em 2023. Os cedidos eram 9,5% (121 mil) e aqueles em outra condição, os casos de invasão, totalizaram 0,2% (3 mil), e 5% (63 mil) domicílios próprios ainda pagando.
Em Cuiabá, dos 219 mil domicílios particulares 56% (133 mil) eram quitados, 30,8% (68 mil) eram alugados, 5,6% (12 mil) eram cedidos e 0,8% (2 mil) eram domicílios com situação Outra Condição, e 6,8% (15 mil) eram domicílios próprios ainda pagando.
Segundo a PNAD Contínua, em 2023, dos 1,2 milhão de domicílios particulares permanentes no estado, 1,1 milhão pertenciam à área urbana e 147 mil à área rural. O acesso à Rede Geral como principal fonte de abastecimento de água correspondia a 84,7% (1,07 milhão) dos domicílios de todo o estado e em 10,5% dos domicílios tinham o poço profundo ou artesiano, como forma de abastecimento principal. Ainda segundo a pesquisa, 94,4% (1,05 milhão) dos domicílios urbanos utilizavam a Rede Geral de abastecimento de água como sua principal fonte. Em contraste, apenas 10,3% dos domicílios rurais (15 mil) utilizavam a Rede Geral para o abastecimento de água, enquanto 62,9% (93 mil) dependiam principalmente de poços profundos ou artesianos. Além disso, 15,9% (23 mil) dos domicílios rurais utilizavam, como principal fonte de abastecimento, poços rasos, freáticos ou cacimbas.
A investigação da disponibilidade de água pela Rede Geral foi dividida em distribuição diária; de 4 a 6 dias na semana e 1 a 3 dias na semana. Em Mato Grosso dos 1,07 milhão de domicílios atendidos por Rede Geral de abastecimento tinha disponibilidade diária de água em 87,9% desses domicílios, ou seja, para 942 mil residências. Em 5,6% (60 mil) dos domicílios a distribuição de água ocorria em 4 a 6 dias na semana e em 5,7% (61 mil) domicílios a disponibilidade de água era de 1 a 3 dias na semana.
Em 2023, segundo a PNAD-Contínua, havia em Mato Grosso 1,2 milhão de domicílios com banheiro ou buraco para dejeções, 42,1% (533 mil) deles tinham esgotamento sanitário através de fossa séptica não ligada à rede, 32,8% (415 mil) eram ligados à Rede Geral ou Rede Pluvial, 18,5% (234 mil) usavam outro tipo de esgotamento sanitário e 6,6% (84 mil) domicílios tinham seus dejetos depositados em fossa séptica ligada à rede.
Em 2023, a Rede Geral era a principal fonte de energia elétrica em 98,7% dos domicílios de Mato Grosso. Nas áreas urbanas, esse percentual alcançava 99,4%, enquanto na zona rural era de 93,8% dos domicílios.
A PNAD Contínua também investigou a existência de alguns bens nos domicílios, como geladeira, máquina de lavar roupa, automóvel e motocicleta. Em 2023, 99% dos domicílios de Mato Grosso possuíam geladeira, 81,1% tinham máquina de lavar roupa, 54,6% possuíam carro, 42,7% tinham motocicleta e 22,8% possuíam tanto carro quanto motocicleta. No entanto, esses números apresentaram uma leve queda em 2023 em comparação aos anos anteriores, de 2016 a 2022, quando houve um aumento gradual na porcentagem de domicílios que possuíam esses bens
Em Mato Grosso a destinação do lixo é realizada principalmente por meio da coleta direta pelos serviços de limpeza. Em 2023, 87,6% dos domicílios do estado contavam com esse serviço, um aumento de 5,2 p.p em relação a 2022, quando o percentual era de 82,4%, e em comparação a 2016, que registrou 83,1%. Além disso, em 2023, 7% dos domicílios queimavam o lixo em suas propriedades, enquanto 2,9% utilizavam caçambas para a coleta realizada pelos serviços de limpeza.
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