Facilitador de acesso aos portos, a ferrovia terá papel fundamental para escoamento de grãos e economia de Mato Grosso. Para ter o apoio e efetivar a construção dos trilhos no Estado, o governador Mauro Mendes (DEM) se reuniu com o ministro-chefe da Casal Civil do governo federal, Ciro Nogueira, que confirmou a “segurança jurídica” total do empreendimento.
Em reunião nessa terça-feira (17), Ciro Nogueira confirmou que os trechos da redação da medida provisória que poderiam causar algum imbróglio jurídico em relação à ferrovia estadual já foram retirados.
“Conversei sobre esse caso com o ministro Tarcísio [Infraestrutura] e ele garantiu que a medida provisória não vai afetar Mato Grosso. Esse tema já está pacificado”, declarou.
Segundo noticiado pelo Mato Grosso Econômico, a ferrovia vai trazer desenvolvimento econômico e geração de 235 mil empregos diretos e indiretos em Mato Grosso.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, disse que a ferrovia terá um papel estruturante para o escoamento da produção de grãos, já que será um dos facilitadores do acesso aos portos da região Norte do Brasil para levar soja, milho, fertilizantes e combustíveis até a Europa, Rússia e China.
Outra função relevante é trazer para Mato Grosso produtos, o que também irá baratear os custos. Além disso, a ferrovia trará aumento das exportações de grãos e reduzirá o custo logístico em até 30%.
“A lista de vantagens da ferrovia só cresce a meu ver, pois com linhas férreas temos menor impacto ambiental devido à redução de poluentes, menos acidentes, menor custo de fretamento, maior capacidade de carga, já que os vagões carregam grandes volumes de cargas. É inegável a eficiência desse tipo de transporte para nosso desenvolvimento econômico e social”, defende Miranda.
O projeto ferroviário vai transportar grande parte da safra de grãos de Mato Grosso e da região Centro-Oeste após a concessão.
De acordo com informações da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), o investimento previsto na implantação da ferrovia é de R$ 8,42 bilhões, podendo ser financiado pela emissão de títulos verdes ou green bonds.
Ao longo do período de operação, são estimados outros R$ 13,1 bilhões em investimentos, totalizando R$ 21,5 bilhões de investimentos na concessão.
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