A informalidade vai ganhar ainda mais espaço nos próximos meses, conforme estima o Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 0,4 ponto na passagem de junho para julho, para 87,0 pontos. O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 2,0 pontos em julho, para 92,6 pontos.
O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. Já o IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado.
"Os indicadores estão em linha com a melhora recente no mercado de trabalho e sugerindo que isso deve se manter pelos próximos meses", explicou Tobler.
No entanto, o pesquisador não espera um avanço mais forte na abertura de postos de trabalho com carteira assinada até que a recuperação da atividade econômica ganhe fôlego.
"No curto prazo, é difícil imaginar que essa dinâmica (de aumento no número de trabalhadores ocupados puxado pela informalidade) vá mudar tão rápido", disse Tobler. "É difícil prever quando será possível um crescimento mais robusto (das vagas formais), talvez só mais para o fim do ano", estimou.