A diretoria da Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás), proprietários dos postos de combustíveis que comercializam o gás natural veicular (GNV) em Cuiabá e Várzea Grande, representantes do Sindicato dos motoristas de aplicativos de Mato Grosso (Sindmapp/MT) e Associação de Motoristas de Aplicativos de Mato Grosso (Ama/MT) formaram uma comissão mista para solucionar o gargalo das filas nos quatro postos que abastecem a grande Cuiabá. A decisão foi tomada ontem (13), após reunião realizada no auditório da PGE. Consumidores reclamam que chegam a ficar mais de duas horas e meia na fila, para abastecer na Capital.
De acordo com o presidente da MT Gás, Rafael Reis, o governo do Estado e a MT Gás tomaram para si a responsabilidade dessa questão que vem afetando, especialmente os motoristas de aplicativos que usam o GNV, que ainda terão incentivos, como a isenção de IPVA, segundo noticiado pelo Mato Grosso Econômico.
“De imediato formamos uma comissão com integrantes de todas as entidades envolvidas para identificar, pontualmente, o que dificulta o abastecimento rápido em cada posto. Todos os trabalhos serão acompanhados por um técnico em GNV, que fará o levantamento do que é necessário para ampliar o serviço e atender à demanda reprimida. Também contaremos com um assessor jurídico para dar suporte legal as nossas ações”, ressalta.
Reis frisa que prontamente serão ampliados o quantitativo de ‘dispensers’, com bombas e bicos de abastecimento nos postos que já existem. Atualmente cada dispenser tem dois bicos, são oito ao todo. Como a demanda tem crescido, o plano é dobrar o número de bicos para expandir o atendimento”, justifica o presidente.
Dentre as reivindicações dos motoristas está a agilidade no abastecimento do GNV e a questão de multas que alguns alegaram ter recebido da Secretaria de Mobilidade Urbana de Cuiabá (Semob) devido à formação de filas. Os proprietários de postos, por sua vez, solicitaram maior celeridade na entrega do gás, instalação de equipamentos e assistência técnica da empresa distribuidora que cede os equipamentos por meio de comodato.
Conforme o proprietário do posto Santos Dumont, em Várzea Grande, Fábio Marques, há oito meses é aguardado um equipamento que poderia acelerar o atendimento na bomba. “Hoje não conseguimos atender 24 horas porque não temos bombas suficientes e nem recebemos o gás em tempo hábil. Quando chega 3 horas da manhã acabou o gás e somente é reposto às 7h30, o que inevitavelmente resulta em fila”.
A empresa GNC Brasil, distribuidora do gás natural também foi convidada para participar das discussões, mas nenhum representante compareceu.
A primeira reunião da comissão mista irá ocorrer na próxima segunda-feira (18), quando serão definidos prazos para cada ação. Na ocasião, deve haver a participação de um membro da empresa GNC Brasil.
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