Os gastos com diárias da Casa Civil do governo de Mato Grosso estão sendo investigados pelo Ministério Público Estadual (MPE). Os dados duvidosos são referentes ao ano de 2017, onde o primo do governador Pedro Taques, ex-secretário Paulo Taques era gestor até maio do ano passado. Logo após, assumiu José Adolpho Lima e na sequência, o deputado estadual Max Russi, que saiu do cargo em abril deste ano para retornar à Assembleia Legislativa.
A investigação começou após uma denúncia anônima sobre servidores que chegavam a acumular 15 diárias por mês. O caso está sob responsabilidade do promotor de Justiça André Luís de Almeida, que resolveu levantar os dados do Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças, de janeiro a dezembro de 2017. E constatou o gasto excessivo com diárias. Teve inclusive um servidor com mais de 15 diárias em um mês.
O MP notificou o atual chefe da Casa Civil, Julio Cezar Modesto, para que dê explicações sobre o caso e as diárias liberadas.
Denúncia
A ex-secretária de Transparência e Combate a Corrupção, Adriana Vandoni Curvo, criticou em sua página no Facebook, o gasto com diárias da Casa Civil e da Secretaria de Comunicação de Mato Grosso.
Os gastos com diárias de servidores entre janeiro e novembro foram de R$ 604 mil na Casa Civil. A título de comparação, a ex-secretária disse que em 2014, último ano da gestão Silval Barbosa (PMDB), foram gastos R$ 24 mil de diárias na Casa Civil. “A gente entende gasto com diárias em saúde, fiscalização, segurança, mas Casa Civil cuja principal atividade se chama articulação política? Ah, tenha paciência”, disse.
Este é mais um caso investigado no governo Pedro Taques. Além desse, outros assuntos também estão 'estourando' na gestão do atual chefe do poder Executivo como o caso dos Grampos, possíveis desvios e improbidades na Seduc, Detran, Secom entre outros.
Alguns dias atrás o MT Econômico publicou uma matéria sobre os gastos do governo. São quase R$ 4 bilhões de dívidas que a atual gestão deve deixar até o final do ano se não tomar uma ação emergencial. Veja aqui.