Como o governo está buscando todas as possibilidades para reduzir despesas, será dado início a uma análise nos contratos dos 100 maiores fornecedores da administração estadual. A medida é o segundo passo para redução de despesas na busca pelo reequilíbrio fiscal e financeiro do Estado.
A análise vai levar em conta não apenas o valor do contrato, mas também o serviço prestado e a dívida da administração estadual com a empresa. O trabalho junto aos fornecedores será realizado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Condes), a quem caberá a negociação para a quitação da despesa.
Serão reavaliados todos os contratos de gestões anteriores, desde serviços básicos, como limpeza, alimentação e fornecimento de material de expediente, até a compra de medicamentos, locação de viaturas e prestação de serviços médicos e hospitalares, segundo o secretário-chefe da Casa Civil Mauro Carvalho.
Outras despesas como com fornecimento de água, energia elétrica e material de escritório também estão sendo reduzidas. Mauro Carvalho acredita que a análise nos contratos dos fornecedores, como segundo passo, ajudará na retomada do crescimento e dos investimentos no Estado.
“Encontramos um contrato para manutenção de ar-condicionado, que no mercado custa em torno de R$ 70 para cada aparelho, e o Estado estava pagando R$ 550. Também constatamos inconsistências em contratos de locação de veículos. Tudo será avaliado”, exemplificou o chefe da Casa Civil.
“O Estado não consegue negociar os melhores preços porque está devendo e é isso o que acontece quando se tem uma dívida. Mas quando estiver tudo em dia, o Estado poderá voltar a comprar bem, o que garantirá maior eficiência e eficácia na prestação dos serviços, com menores custos”, completou.
A dívida total do Estado alcança o montante de R$ 3,7 bilhões. Em fevereiro, o déficit da administração estadual foi de R$ 118 milhões e as despesas não pagas contabilizaram R$ 163,7 milhões.
Mesmo diante das dificuldades financeiras, Carvalho acredita que a partir do segundo semestre de 2019, as contas do Estado estarão mais ajustadas, devido às medidas tomadas nestes primeiros meses de governo.
“Nosso foco é trazer a folha de pagamento de volta para o dia 10 de cada mês e regularizar a situação dos fornecedores, principalmente aqueles que fornecem mão-de-obra e têm compromisso com salários de seus colaboradores. É um desafio grande, mas o Estado tem solução”, finalizou o secretário.