O Ministério dos Transportes prorrogou por 180 dias o prazo para conclusão do grupo de trabalho que estuda a viabilidade da Ferrogrão.
O projeto da ferrovia é considerado uma iniciativa ambiciosa que promete transformar o transporte de cargas no Brasil, conectando diretamente o Centro-Oeste ao Norte do país, tem sido motivo de intensos debates nos últimos meses. Prevista para estender-se por cerca de 1.000 km, a Ferrogrão busca otimizar o escoamento da produção agrícola, principalmente da soja, de Mato Grosso até os portos do Pará, na bacia amazônica. A estrada de ferro vai ligar Sinop (MT) a Miritituba (PA).
Apoiada por grande parte do setor agrícola e empresas de grãos, a proposta sugere uma significativa redução na dependência das rodovias, que atualmente sobrecarregam os custos e a logística do transporte de produtos agrícolas. A ferrovia promete não apenas ser uma alternativa mais econômica, mas também uma rota mais rápida para os portos, potencializando a exportação de soja brasileira.
Apesar do entusiasmo de alguns setores, a Ferrogrão tem enfrentado resistência. Partidos políticos de esquerda, como o PSOL, e diversos movimentos indígenas têm expressado preocupações significativas sobre os possíveis impactos ambientais do projeto. A ferrovia atravessaria áreas de preservação e territórios indígenas, levantando questões sobre desmatamento e violação de direitos.