Mesmo diante da queda do Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) de 7,3 pontos na passagem de junho para julho, o índice acumulado ainda apresenta grande retração, cerca de 46% nos últimos três meses.
Com essa redução de 7,3 pontos, o indicador deve chegar a 166,3 pontos. No entanto, há três meses atrás o registro era de 96,4 pontos.
O dado faz parte da pesquisa prévia da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgada nesta segunda-feira (13). Os números oficiais serão divulgados no final do mês de julho, dia 31.
Isso significa que ainda há muita incerteza na economia para este ano. A elevação do número de falência de empresas e desemprego retratam a desconfiança acentuada na economia.
As constantes medidas de isolamento social realizadas por todo o Brasil retraíram o consumo e prejudicaram muito o desempenho da economia. Diante disso o indicador de incerteza ainda continua alto e o mercado deve ter cautela nesse segundo semestre, na avaliação do MT Econômico.
Como funciona o indicador de incerteza da economia
O indicador de incerteza da economia (IIE-Br) é composto por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
O componente de Mídia recuou 7 pontos na prévia de julho, para 145,5 pontos. O componente de Expectativa caiu 5,6 pontos, para 222,4 pontos. No entanto, ambos ainda estão em patamares considerados extremamente elevados.