Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que o índice que mede a inflação, principal termômetro da variação de preços da economia brasileira, denominado IPCA, caiu 0,38% em maio, depois de recuar 0,31% no mês anterior.
Esta é a maior queda de preços mensal em 22 anos. Em agosto de 1998, índice atingiu menos 0,51%. Ainda, é a segunda maior deflação em 40 anos, desde 1980, quando a série histórica começou a ser medida. Também foi a maior queda para um mês de maio.
IPCA mede comportamento de cesta de produtos e serviços, o que reflete o padrão típico de consumo de famílias que ganham de 1 a 40 salários mínimos. Quando índice sobe, há inflação. Quando cai, há deflação.
No entanto, conforme economistas, não há o que se comemorar com a queda dos preços. Isto porque todo indicador tem padrão histórico e, quando é registrado uma quebra deste padrão, é porque existe algo inconsistente.
Deflação é oriunda de uma crise profunda, reação de uma crise econômica em que prejuízos são registrados tanto pelo cidadão quanto pelo poder público e empresas. Isolamento social ocasionado pela pandemia do novo coronavírus impediu que os brasileiros consumissem e saíssem de casa.
A queda no consumo não é positiva para a economia e pode gerar muito efeitos no mercado, entre eles fechamento de empresas, desemprego e outros fatores críticos econômicos e sociais.
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