A 2ª edição do Prêmio Sistema Famato em Campo foi lançada pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), sob o olhar das estratégias produtivas e a diversificação dos sistemas de cultivo e criações.
O prêmio é em parceria com o Serviço nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-MT), Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e apoio da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Instituto Algodão Social, Instituto Mato-grossense do Algodão (Ima) e Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat).
Diferente do que foi a primeira edição, na qual o foco era a pecuária de corte, desta vez serão avaliadas as fazendas mato-grossenses que trabalham com atividades diversificadas, como agricultura, pecuária, floresta plantada e agroindústria, que preferencialmente apresentem inteiração entre os sistemas, sob a ótica das boas práticas agropecuárias, gestão econômica e socioambiental.
Um dos fatores que chamou a atenção da comissão organizadora para a escolha dos requisitos foi a representatividade do Centro-Oeste como uma das maiores regiões do Brasil a utilizar a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). De acordo com a Embrapa, hoje no Brasil, aproximadamente 1,6 a 2 milhões de hectares utilizam os diferentes formatos da ILPF e a estimativa é de que, para os próximos anos, possa ser adotada em mais de 20 milhões de hectares.
Luiz Schneider, sócio proprietário da Fazenda Boqueirão, destaque na 1º edição do prêmio, em 2015, onde o foco é cruzamento, adubação de pastagem, suplementação e Integração-Lavoura-Floresta (ILF), explica que a diversificação da produção amplia a estabilidade econômica da propriedade rural, uma vez que a eventual perda de uma é compensada pelo rendimento das outras culturas. A estratégia de diversificação e integração entre cultivos agrícolas e criação de animal garante a reciclagem de nutrientes entre solo, plantas e animais, equilibrando e ampliando a fertilidade e conferindo maior autonomia técnica.
Para Schneider ganhar o prêmio foi um incentivo e ao mesmo tempo um compromisso. “Compromisso de continuar investindo em tecnologias, já que a nossa propriedade se tornou referência para outras propriedades do estado. O prêmio foi para nós mais que uma vitória familiar, foi a certeza de que estávamos no caminho certo”, destacou.
No ponto de vista da família Schneider, a iniciativa do Sistema Famato, está contribuindo para a evolução do agronegócio no estado de Mato Grosso.
A integração entre a pecuária e a agricultura também faz parte da história de umas das fazendas da Arca Agropecuária, propriedade case de sucesso, na 1ª edição do prêmio. O grupo Arca tem duas unidades, a de Nova Bandeirantes “Fazenda Vale Verde” e uma unidade em Tangará da Serra com o nome de “Fazenda Fonte”.
Em Nova Bandeirantes o sistema é exclusivo de cria, o que a levou ser escolhida pela comissão organizadora do prêmio, e em Tangará da Serra utiliza o sistema de Integração Lavoura-Pecuária.
“A preocupação do grupo Arca Agropecuária é produzir de maneira sustentável e viável economicamente. Focamos sempre na produção eficiente, porque acreditamos que para ter bons resultados temos que ser eficientes no que fazemos. E representar Mato Grosso nos Estado Unidos, durante a Missão Técnica oferecida pelo Sistema Famato, foi à certificação de que estamos trilhando pelo caminho certo”, disse o gerente do grupo, Marcelo Zandonadi.
Segundo Zandonadi o Prêmio Sistema Famato em Campo é um diferencial no estado de Mato Grosso, pois proporciona integração entre propriedades inseridas no estado e ainda divulga os modelos diferentes de administração e as tecnologias utilizadas em cada uma delas.
Zandonadi disse que os requisitos para essa 2º edição abrem o leque para que mais propriedades rurais se escrevam e mostrem o seu diferencial porteira adentro e compartilhem suas experiências nas mais variadas formas de produzir. “O aumento da diversidade dos sistemas produtivos, por meio da integração de lavouras com criações, por exemplo, proporciona maior produtividade, rentabilidade, mais eficiência energética e melhor manejo de nutrientes. A diversificação permite também que os resíduos de um subsistema sejam aproveitados como insumos em outros. A agricultura, por exemplo, fornece grãos para a alimentação das criações”, explicou.
As inscrições para o Prêmio Sistema Famato em Campo podem ser feitas até o dia 28/10 pelo link:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfiP0_S7tnW3sU9z_6DOKOKpdawIugUVWOYpzqhzp-DumY5w/viewform?c=0&w=1