Na semana passada foi apresentado o mapa socioeconômico de Mato Grosso ao secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Cesár Miranda, na sede da pasta e os dados irão subsidiar ações planejadas e consonantes com as demandas dos municípios, reduzindo assim as desigualdades.
A explanação, elaborada pela Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), mostrou na primeira etapa um diagnóstico sobre as atividades importantes em cada município e depois, comparou estes dados com as relativas cadeias, apontando assim as aptidões a serem trabalhadas em cada região.
Conforme Miranda, os projetos de fomento de cadeias e de concessão de incentivos terão a partir de agora como alicerce os dados estatísticos. “O trabalho de pesquisa é feito há muito tempo pelo Estado e precisa ser usado porque custou dinheiro público. É um arquivo riquíssimo, mas precisa de um uso prático”.
A pesquisadora e secretária-adjunta de Informações Socioeconômicas, Geográficas e Indicadores da Seplan, Elaine Corsini, conduziu a apresentação. Ela explicou que o material foi baseado em dados da Secretaria de Estado de Fazenda. Como a pasta demora um período para compilação dos números, foram trabalhados os de 2015, quando o faturamento estadual foi de R$ 311.231.9283409,45 em todos os segmentos.
Foram considerados 34 segmentos dos setores primários e secundários no estudo. No rol, estão a Agricultura Tecnificada (soja, milho e demais produções em larga escala), Pecuária de Corte, Agricultura Familiar, Indústria Sucroalcoleira, Indústria de Madeira entre outros. De acordo com análise, 34,93% das riquezas de Mato Grosso veem do Atacado, 13,45% da Agricultura Tecnificada e 12,75% do Varejo.
Como será na prática
O secretário explica que são cruzados os dados dos pólos de produção com o da indústria. Assim, é possível se fazer uma relação de regiões que conseguem ter destaque na matéria-prima, mas precisa de uma empresa para beneficiar ou tem que andar grandes distância para isto. “Com este mapa, podemos criar uma lista de empreendimentos viáveis e tentar capitar investidores. Não ficar esperando o empresário nos procurar”.
Outro fator importante é a identificação de aptidões e potenciais a serem desenvolvidos, seja por políticas públicas, seja pela concessão de benefícios. “Temos que saber o que o estado quer e ter argumentos para convencer o empresário a mudar o local do investimento, quando for do interesse da gestão desenvolver uma determinada região”.
Também entrou na lista de discussões a necessidade de se trabalhar com a diversidade de atividades. Entre os municípios, algumas cidades como Araguaina, por exemplo, desenvolve apenas uma atividade comercial. Já Alta Floresta é a líder em opções com 14.
Vale ressaltar que quanto mais segmentos, melhor para o município, uma vez que qualquer problema que aconteça na cadeia, não vai quebrar totalmente as finanças das famílias, que podem migrar para outros trabalhos.
Próximos passos
Após a apresentação, Miranda propôs que o setor de estatística forme um grupo permanente, que inclua funcionários da Sedec, e possa identificar oportunidades para o estado com mais celeridade. Participaram da reunião os secretários-adjuntos Walter Valverde e Lucas Barros, o superintendente Leandro Reyes, bem como o assessor de gabinete Gustavo Correa da Costa.