O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, anunciou que as obras de retadulamento do paredão do Portão do Inferno, na rodovia MT-251, mais conhecida como Cuiabá-Chapada, terão início assim que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emitir a última licença necessária para a execução do projeto.
Apesar de haver uma autorização do órgão às obras, há necessidade da emissão da Autorização de Supressão Vegetal (ASV) pelo Ibama, que é o último passo necessário para o início das obras. O governador criticou a burocracia estatal, que segundo ele, impede que obras de relevância sejam realizadas de forma célere.
Mendes aproveitou ontem (17), durante encontro com a imprensa, para explicar porque as obras ainda não começaram. Segundo ele, a culpa da demora é a “burrocracia” brasileira. “É a maldita burocracia, ‘burrocracia’ brasileira, que impõe que nós tenhamos, muitas vezes, uma perda de tempo gigantesca num processo muito menor do que levaria para fazer a obra”.
O governador reiterou que a burocracia brasileira muitas vezes impede a realização de projetos importantes, mas ressaltou que a Lotufo Engenharia está preparada para iniciar os trabalhos assim que a licença for emitida.
Mendes enfatizou que a obra tem um prazo de 120 dias para ser concluída e que a empresa
O prefeito de Chapada dos Guimarães, Osmar Froner, defendeu que o início das obras fosse adiado para não afetar a economia local, que já sofreu com as restrições de acesso à cidade no último ano.
Questionado se vai aguardar esse prazo, Mauro Mendes não soube precisar. Mas afirmou que, encerrando a burocracia, a obra começa imediatamente. “Eu não tenho como precisar o tempo, infelizmente. Mas esse é o rito da burocracia, não tem nada de anormal. Se liberar antes [do Festival], a obra começa imediatamente”, concluiu.
O RETALUDAMENTO – A área deve passar por um processo de retaludamento, ou recorte rochoso, que consiste na retirada do maciço rochoso na curva do Portão do Inferno e a criação de taludes, uma série de cortes, que funcionam como degraus para impedir os deslizamentos de terra. Com isso, a estrada será recuada em dez metros, evitando também a passagem sobre o viaduto que existe hoje no local.
A Lotufo Engenharia será a empreiteira que desenvolverá as obras, sendo vencedora da licitação emergencial feita pela Sinfra e já teve contrato assinado. A obra vai custar R$ 29,5 milhões. A empresa terá 120 dias para finalizar o serviço.