O promotor eleitoral Vinicius Gahyva Martins pediu cassacão do registro da candidatura de Wilson Santos e Leonardo Oliveira, respectivamente, prefeito e vice da coligação Dante Martins de Oliveira. De acordo com o PM, eles teriam realizado "intensa compra de voto" com o recrutamento de eleitores para participar de evento político em benefício dos representados, em troca de dinheiro em espécie. Toda a movimentação foi constatada por policiais federais.
"A estratégia adotada pelos representados consiste em cooptar lideranças de bairros para reunir eleitores para a reuniões políticas, no caso concreto, que aconteceria no bairro São Gonçalo Beira Rio" diz trecho da apresentação.
A denúncia foi feita por Lucas Matos Moraes, que foi contatado para reunir eleitores no bairro Planalto. Segundo a denúncia, o contato teria sido feito por Ronaldo Ferreira Moraes Reis, conhecido como Dj Ronny, que trabalha na campanha dos representados. Além disso, a referida reunião foi promovida com a colaboração de Mário Olímpio que já exerceu o cargo de confiança do então prefeito Wilson Santos.
Segundo a denúncia, foi ofertada a Lucas a quantia de R$ 500, 00 (quinhentos reais), que seriam divididos com a pessoa conhecida como Tariki. O valor era para cooptar 40 pessoas para participarem da reunião com o candidato Wilson Santos. Aos eleitores ficou acordado que seriam pagos um churrasco com cerveja.
Após contar todo o caso ao Gaeco, Lucas passou a ser monitorado por policial federal que registrou todas as imagens.
"na reunião, que contou até com apresentação de dança Siriri, o candidato Wilson Santos fez pedido explícito de votos e angariou a simpatia quanto a sua candidatura por parte dos presentes. As declarações anexas dão conta que, de fato foram promovidos comes e bebes após a reunião, custeadas pelo dinheiro entregue a Lucas Matos", conforme a ação movido pelo promotor.
Ainda segundo o promotor de justiça, muito embora a prova até aqui evidencie que a vantagem não foi oferecida/entregue diretamente pelos próprios representados, o certo é que a infração eleitoral resta caracterizada mesmo que tenha se dado por intermédio de terceiros, os chamados 'cabos eleitorais, com orientação do candidato ou com sua aquiescência".
"Ficou evidenciado o pagamento de vantagem, no valor de R$ 500,00 a de duas pessoas, para que estas fizessem o repasse da fração de seus quinhões outros recrutamentos, o que se deu tanto em moeda corrente quanto no oferecimento de comes e bebes", destacou.
Para o candidato a prefeito por Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), os eleitores devem ficar atentos e fiscalizar tidas as atitudes ilegais. "não fico feliz em dar publicidade a essa denúncia, porque a compra de voto é um crime contra o eleitor e contra a democracia", destacou.
Já o coordenador jurídico da campanha, Néstor Fidelis, ressaltou que há mais denúncias envolvendo suposta compra de votos que já foram encaminhadas a Polícia Federal.