O Tribunal de Contas da União (TCU) mediou o diálogo entre os governos da Bahia e de Mato Grosso acerca da compra de 40 vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A confirmação teria vindo do governador baiano, Jerônimo Rodrigues.
A negociação coloca fim ao imbróglio do modal que seria implantado entre Cuiabá e Várzea Grande como parte do pacote das obras da Copa do Mundo de 2014. O governador Mauro Mendes (União Brasil) pedia R$ 1,2 bilhão. Porém, o Jerônimo fez uma oferta de R$ 600 milhões, depois R$ 650 milhões e, por último, R$ 700 milhões.
Mauro Mendes participou de parte das audiências, mas destacou o secretário de Estado da Fazenda (Sefaz-MT), Rogério Gallo, para fechar a negociação. Mendes chegou a ironizar o perfil do secretário afirmando que o escolheu por ele ser “duro”.
“É uma multidão em torno disso, da mesma forma acompanhada pelos técnicos do governo de Mato Grosso e também técnicos especialistas do Tribunal de Contas da União. Final”, falou Jerônimo Rodrigues na última sexta-feira (14).
“Os tribunais estaduais também ofereceram análise, porque eles não aprovariam qualquer tipo de acordo de compra se o parecer técnico da área deles não fosse condizente com o que nós estamos propondo. Então, nós estamos prestes a fechar esse acordo e assinar o documento”, emendou o governador da Bahia.
Desde o ano passado, os governos dos dois estados manifestaram interesse na negociação, mas o valor dos vagões era um impasse. Um relatório da CCR, empresa que administra o Sistema Metroviário de Salvador, indicou que os vagões do modal de Mato Grosso estão em condições de operacionalização, mesmo estando parados há 11 anos.
O documento da CCR sugeriu que o governo baiano estabeleça normas como garantia técnica, assistência pós-venda e manuais de operação e manutenção dos trens para a compra dos vagões, indicando uma depreciação de 30% no valor original do VLT.