O professor e especialista em Administração e Recursos Humanos, Eustáquio Penido, concedeu entrevista ao site Mato Grosso Econômico nesta semana e falou sobre o curso que veio ministrar em Cuiabá voltado aos gestores de diversas empresas dos mais diferentes segmentos. O módulo de gestão "com" pessoas, como fez questão de ressaltar, faz parte de um curso maior da Fundação Dom Cabral, onde trata também de módulos de marketing, estratégia empresarial e outras áreas fundamentais para o mundo corporativo. O módulo de pessoas fala sobre a implantação de modelos de gestão, liderança de equipe, clima organizacional e gerenciamento de resultados coletivos. O curso está sendo promovido pelo Grupo Valure.
O professor Eustáquio é integrante da Fundação Dom Cabral (FDC) desde 1996, nas áreas de gestão de pessoas, liderança, relações interpessoais e negociação. Foi professor universitário da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), além de palestrante em congressos, seminários e eventos fechados em diversas instituições sobre Gestão Estratégica, Gestão de Negócios e Motivação.
Gestores de várias empresas participaram do curso realizado no Hotel Delmond na capital, onde possibilitaram a troca de vivências, experiências e também, ampliação da rede de relacionamentos entre os executivos.
O curso é desenvolvido por meio do Programa PAEX (Parceiros para Excelência da Gestão) aplicado pela Fundação Dom Cabral.
Segundo o professor, hoje em dia as empresas procuram profissionais com perfil mais voltado para inteligência emocional, ou seja, pessoas que sabem trabalhar em equipe e lidar com pessoas. O equilíbrio comportamental é o que difere daquelas somente com conhecimento técnico. "Um dos paradigmas que temos que quebrar é a cultura de gestão de pessoas. Temos que pensar em gestão "com" as pessoas, pois é uma tônica menos autoritária de subordinação que motiva mais o líder e os liderados", destacou o professor.
Por conta do alto índice de demissões, que somente no país são mais de 10 milhões de trabalhadores desempregados, as empresas devem adotar uma postura de total transparência com os funcionários.
O especialista ressaltou a importância da parceria entre empresa e os funcionários uma vez que em momento de crise se faz necessário a união entre os dois. Na avaliação do especialista, o colaborador deve estar comprometido com a empresa, principalmente nas situações difíceis.
Maturidade em momentos de crise
Os colaboradores devem tomar uma postura ativa e não jogar totalmente a culpa na empresa, achando que é o empregador o maior culpado do momento de crise ou de recessão por conta da atual conjuntura. O especialista orienta que os funcionários devem oferecer o seu melhor para assim tornar a corporação mais fortalecida. “O colaborador deve ter maturidade para não jogar a culpa no empregador. Ele deve fazer uma reflexão do que fazer para ajudar a empresa a sair da crise”, observa Eustáquio.
Gestores devem dar o seu melhor
A orientação do especialista é que os gestores devem dar o seu melhor para a empresa não afundar no atual momento de crise econômica brasileira. “O que os gestores aprendem nos nossos cursos é mostrar para as empresas que o colaborador é importante para a corporação. O colaborador deve adotar uma postura de maturidade, equilíbrio e profissionalismo. Nesse momento adverso da economia, mais importante que aumentar o salário é preservar a renda que tem”, destaca o professor e consultor.
Três dicas do gestor bem sucedido
O especialista citou três dicas que um gestor deve adotar para que o grupo de colaboradores o qual dirige seja conduzido com sucesso. A primeira dica é que o gestor deve ter inteligência emocional, ao adotar uma postura de compreensão de si e dos outros. A segunda é desenvolver o senso e o espírito de dono do negócio e não uma postura de empregado, que se preocupa com férias, feriados, folgas e constantemente observa o horário do fim do expediente para ir embora logo para casa. A terceira é realizar atividades com a equipe agregando a visão de médio à longo prazo. “Percebo que hoje os gestores são focados em curto prazo de resultados, têm uma visão muito operacional e imediatista. O mercado busca o profissional (gestor) que tenha a capacidade de equilibrar os resultados, a curto, médio e longo prazo”, finaliza o professor e consultor Eustáquio Penido. Mais notícias sobre Carreira aqui.