Os governos de Mato Grosso e Rondônia estão elaborando um plano junto para a retirada da vacina de febre aftosa dos rebanhos localizados no estado vizinho e em parte dos municípios mato-grossenses de Juína, Aripuanã e Colniza. O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Cesar Miranda, explica que o objetivo é garantir toda a segurança do processo, que se faz necessário para garantir novos mercados. Ele lembra que alguns países da Ásia, por exemplo, não compram carne in natura de animais vacinados.
O trabalho será realizado em todo o país, seguindo um calendário elaborado pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O governo Federal dividiu o território em cinco blocos, sendo que Mato Grosso está no 1, que compartilha com Rondônia e tem ações previstas para este ano, e no 5, que retirará a vacinação em 2022.
Em uma reunião realizada na última sexta-feira (01) com autoridades da Secretaria de Agricultura de Rondônia, em Vilhena (RO), Miranda afirmou que o governo vai redobrar esforços na região e fortalecer as barreiras, que são responsabilidade do Instituto de Agropecuária de Mato Grosso (Indea), autarquia vinculada a Sedec.
Durante as inspeções, será impedida a entrada de animais de outras áreas. Já os que saírem, serão vacinados, como determina o Mapa.
Ele acrescentou ainda que a pecuária é muito importante para o Estado, que tem o maior rebanho do Brasil, com 30 milhões de cabeças, e Rondônia tem 14 milhões de animais, o que representa um patrimônio de mais de R$ 50 bilhões. “Temos que manter a vigilância e mostrar aos compradores internacionais que a carne mato-grossense é segura”.
A segunda etapa das negociações tem data marcada para acontecer. Será em Mato Grosso, no dia 19 de março, e contará com os governadores dos dois estados, Mauro Mendes e Marcos Rocha.