Nesta quinta-feira(28) o presidente do Sistema Famato/Senar, Rui Prado, participou da audiência, em Brasília com o presidente da República em exercício, Michel Temer em que o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins e de diretores da instituição entregaram um documento com propostas para o crescimento da atividade no país.
O documento de nome “Dez medidas para garantir o crescimento e fortalecimento da agropecuária brasileira” traz o que o setor entende por melhorias nas condições de acesso ao crédito rural e a desburocratização dos instrumentos de política agrícola, assim como a modernização das relações trabalhistas são pontos crucias para o crescimento da agropecuária no país. “Os instrumentos oficiais de política agrícola utilizados no país são da década de 1960, está na hora de mudanças para acompanhar a evolução do setor”, contou Prado.
O vice-presidente diretor da CNA e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), José Mário Schreiner, ressaltou a criação de um plano plurianual agropecuário como medida crucial para dar visão de longo prazo aos produtores, mesmo com eventuais ajustes, a cada ano. A CNA também espera medidas que garantam a segurança jurídica para o produtor definir seus investimentos.
“Dentro da porteira o produtor rural brasileiro é um dos mais eficientes do mundo, mas da porteira para fora enfrenta enormes custos financeiros devido à precariedade das rodovias, ferrovias e portos do país”, assinalou Schreiner.
Durante a audiência, a diretoria da Confederação manifestou preocupação com a medida do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) de restabelecer a exigência de licença ambiental anual para os produtores rurais poderem plantar. “Era uma norma que estava suspensa e entrou em vigor novamente em recente ato do governo federal”, explicou Schreiner. A diretoria da CNA pediu ao presidente em exercício a revogação da medida. O assunto será tratado nos próximos dias com o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho.
Schreiner citou os números de julho do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta semana pelo Ministério do Trabalho. A agricultura foi o único setor da economia brasileira que gerou emprego em junho, mais de 38 mil novas vagas. No total, no mês passado, foram fechados mais de 91 mil postos de trabalho nas outras atividades econômicas. Para o vice-presidente da CNA, esse cenário mostra “a força do setor agropecuário, que vem sustentando fortes superávits comerciais, amenizando a crise econômica, mas o setor precisa de medidas pontuais que possam manter essa liderança”.