Nesta quinta-feira (28) aconteceu em Brasília uma audiência pública para falar da BR-242, importante rota de escoamento da safra de Mato Grosso, pois interliga municípios com grande expressividade econômica da região do médio norte do estado, que contempla os municípios de Sorriso, Sinop, Querência, Nova Ubiratã, Paranatinga, Lucas do Rio Verde, Santiago do Norte e demais no entorno.
O presidente da Comissão Permantente Pró-BR-242, Odir José Nicolodi, o “Caçula” e representantes da região, estiveram reunidos com o presidente Jair Bolsonaro e demais membros dos Ministérios da Agricultura, Infraestrutura, Meio Ambiente, Funai, entre outros.
“Se hoje Mato Grosso já planta cerca de 10 milhões de hectares de soja, daqui a 10 anos pode plantar 20 milhões”, ressalta Caçula na reportagem do MT Econômico, sobre a importância de tratar a logística dessa região em Mato Grosso.
O governo federal está criando formas de desburocratizar diversas áreas para que possam ser solucionadas diretamente no estado de origem.
O presidente Jair Bolsonaro disse que esse ano tem diversos desafios pela frente e conta com o apoio dos parlamentares para discutir assuntos importantes, inclusive de infraestrutura. “Se não avançarmos em diversas questões como a reforma da previdência, concessões, logística entre outros, a economia do Brasil pode entrar em crise em breve”, ressalta Bolsonaro na reunião.
O presidente da Comissão Permantente Pró-BR-242, “Caçula”, indagou sobre as dificuldades enfrentadas e importância da região para o estado e país.
“Se conseguirmos fazer somente os 230 quilômetros que faltam para ligar a BR 163 com a BR 158 a safra vai para o porto de Itaqui, facilitando o escoamento. Só queremos produzir e ter melhor acesso logístico. Estamos há dois anos tentando uma solução, mas somos barrados por pessoas que nem conhecem a nossa realidade. A BR-242 é uma rota que interliga a maior rota de escoamento de Mato Grosso”, disse Caçula emocionado, com tantas dificuldades que vem passando na luta pelo desenvolvimento da região.
Caçula disse ainda, que faz 5 anos que essa BR está parada numa fazenda. Se considerar a zona de abrangência, está há 40 anos passando no mesmo lugar. “Além disso, estamos há muito tempo tendo problemas com liberação do Ibama, que vem travando o processo nos últimos 2 anos. Já fizemos o desvio do traçado para não afetar a área indígena, que é sagrada e respeitamos. Não queremos destruir nada e sim achar uma solução definitiva para as demais questões. Nós vamos doar parte da área do traçado novo para ajudar a avançar esse projeto de logística, mas precisamos da ajuda e compreensão do governo federal”, completa.
Caçula pede apoio do governo federal, Ministério da Infraestrutura, Dnit e demais órgãos relacionados para que seja entregue o projeto para apreciação e determinação da ordem de serviço o mais rápido possível, segundo apurou a reportagem do MT Econômico.