O mercado financeiro reduziu a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano. A redução atinge o PIB que cai de 1,71% para 1,70% este ano. Há quatro semanas, a estimativa estava em 1,98%. Esta é a nona queda semanal consecutiva. Para 2020, a estimativa foi mantida em 2,50%. Para 2021 e 2022, as projeções são as mesmas: 2,50%.
Os números constam no boletim Focus, desta segunda-feira (29) elaborado com base em estudos de instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos.
O mercado financeiro manteve os 6,5% da taxa Selic, pela 12ª semana, até o fim de 2019. Para o final de 2020, a estimativa para a taxa permaneceu em 7,50% ao ano. Em 2021 e 2022, as previsões permanecem em 8%.
A Selic, que serve de referência para os demais juros da economia, é a taxa média cobrada nas negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic).
Ao reduzir os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Inflação
A estimativa de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi mantida em 4,01% este ano. Para 2020, a previsão segue em 4%. Para 2021 e 2022, também não houve alteração: 3,75%.
A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é 4,25% com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.
A estimativa para 2020 está no centro da meta: 4%. Essa meta tem intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Para 2021, o centro da meta é 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. O CMN ainda não definiu a meta de inflação para 2022.
Dólar
A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar foi mantida em R$3,75 para 2019. Para 2020, a projeção saiu de R$3,80 para R$3,79. Para 2021, a projeção do câmbio aponta para R$3,83 e os R$3,90 para o ano de 2022.