A Embrapa Agrossilvipastoril (Sinop/MT) já está usufruindo da geração própria de energia por meio de uma usina fotovoltaica. A estrutura atenderá parte da demanda do centro de pesquisa e foi construída com recursos oriundos de emenda parlamentar da bancada de Mato Grosso, aprovada em 2019.
A usina entrou em funcionamento no fim de julho e é composta por dois inversores e 551 placas fotovoltaicas, com potência de 242,44 kWp (quilowatt pico). A projeção é que com a estrutura instalada sejam gerados 29 mil kW/h por mês, o suficiente para suprir cerca de 42% da demanda de energia do centro de pesquisa em pleno funcionamento, o que representará uma economia no valor pago na conta em torno de 30%.
No mês de agosto, o primeiro com todos os dias cobertos pela geração própria de energia elétrica, o resultado superou as expectativas, mesmo desconsiderando o menor consumo devido parte da equipe estar em tele trabalho. Na soma dos 31 dias, a usina produziu 38.493,9 Kwh. O consumo total da Unidade no período foi de 51.794 kwh, ou seja, 74% da demanda do mês foi coberta. Ao se comparar com o consumo de agosto de 2019, antes da pandemia, a produção equivale a 53,9% do total.
Em relação ao custo da conta, a economia em agosto foi de 42% em relação ao mesmo mês em 2019 e de 52% em relação à 2019. O cálculo, no entanto, não leva em consideração os reajustes nas tarifas.
“A economia ao longo dos meses vai realmente direcionar nossos recursos para atividades de custeio e outros investimentos importantes para a Embrapa. Nossa intenção, num futuro bem próximo, é ter instalação suficiente para que a gente atenda 100% da demanda por energia”, afirma o chefe-geral da Embrapa Agrossilvipastoril, Auster Farias.
Parte da usina fotovoltaica foi construída em forma de cobertura de garagem, criando 30 vagas cobertas para proteção dos veículos da empresa.
EMENDA PARLAMENTAR – A construção da primeira etapa da usina fotovoltaica da Embrapa Agrossilvipastoril custou R$ 1.248.990. O recurso é oriundo de uma emenda parlamentar aprovada pela bancada de Mato Grosso em 2019, que destinou R$ 2.659.288 para o centro de pesquisa.
Além da usina fotovoltaica, foram construídos um galpão de máquinas para atender o campo experimental, além da compra de aparelhos de ar-condicionado, computadores, equipamentos de laboratório e de oficina. Parte do recurso também foi usada no custeio de experimentos com sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e na manutenção de estações meteorológicas, veículos e equipamentos.
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