Mesmo recebendo sugestões para obras de melhorais na BR’s 163, 158 e 364, que cortam Mato Grosso, o Estado ficou de fora do Plano de 100 Dias com as ações prioritárias do governo Lula, para melhorar a qualidade das rodovias brasileiras.
Por meio do Ministério dos Transportes serão investidos R$ 1,7 bilhão nos setores rodoviário e ferroviário, para retomar e intensificar obras, preparar rodovias para o período de chuvas, garantir o escoamento da safra agrícola e diminuir o número de acidentes graves.
O anunciado valor possibilitará a entrega de 861 quilômetros pavimentados, revitalizados e sinalizados até abril de 2023. Ainda haverá a construção e revitalização de 72 pontes e viadutos no mesmo período. As principais entregas estão incluídas em 12 rodovias que cortam o país. São elas: a BR-432/RR, BR-364/AC, BR-116/CE, BR-101/SE, BR-116/BA, BR-080/GO, BR-101/AL, BR-381/MG, BR-, 447/ES, BR-163/PR, BR-470/SC e BR-116/RS.
Em dezembro do ano passado, o MT Econômico publicou matéria que trazia uma Pesquisa CNT Rodovias, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e o SEST SENAT, onde consta que mais de 64,1% da malha rodoviária pavimentada de Mato Grosso apresentam algum tipo de problema, sendo considerada regular, ruim ou péssima.
Já 20,7% da malha foram considerados ótimos ou bons. Em relação à malha considerada ‘ótima’, o percentual em Mato Grosso é de apenas 1,2% do total avaliado, resultado que se assemelha aos obtidos a estados do Norte e Nordeste do Brasil, cuja classificação varia de 1,2% a 0%. Diferente da realidade de estados como Maranhão, Amazonas, Acre e Ceará, o Estado é o maior produtor de grãos do Brasil e detentor do maior rebanho bovino do País e tem seu ‘agronegócio feito’ por meio do modal rodoviário.
A Pesquisa CNT de Rodovias avalia toda a malha pavimentada das rodovias federais e os principais trechos estaduais. Em 2022, foram analisados 5.484 quilômetros (km) em Mato Grosso, que representam 5% do total pesquisado no Brasil.
As prioridades nos setores ferroviário e rodoviário foram detalhadas ontem pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, durante coletiva de imprensa. Segundo ele, o governo vai priorizar e fortalecer o uso dos recursos já existentes para obras estruturantes. “Vamos investir nos grandes corredores de transporte, nas duplicações de rodovias e nas integrações ferroviárias para a ampliar competitividade da nossa economia. Estamos fazendo o reordenamento do ciclo de planejamento para os próximos quatro anos”, afirmou.
Leia também: Percentual de problemas nas rodovias de MT supera a média nacional e a regional
RETOMADA – Conforme explicou o ministro, também haverá a retomada de mais 670 quilômetros de obras paradas por falta de verbas, onde estão previstas revitalização, construção e segmentos críticos. Até o fim de 2022, havia mais de 100 empreendimentos em rodovias com ritmo lento ou completamente sem segmento.
De acordo com o ministro, a ideia do governo é ampliar investimentos para fortalecer a competitividade internacional, preservando as condições ambientais do país. “Nossa meta é interromper a involução do setor dos últimos quatro anos. Estamos abertos a aprimorar nossos procedimentos para atrair mais investimentos privados, somando esforços com os recursos públicos”, concluiu.
A CONSULTA PÚBLICA – O Ministério dos Transportes também recebeu sugestões de ações prioritárias por meio de uma consulta pública. Foram mais de 6 mil contribuições, a maioria no sentido de ampliar a competitividade da infraestrutura e da logística de transportes de cargas e pessoas, promover a segurança do trânsito, melhorar a qualidade da infraestrutura e serviços de transportes e outros pontos relacionados à redução da burocracia, sustentabilidade, governança e acesso à informação.
CLIQUE AQUI E VEJA MAIS NOTÍCIAS DE POLÍTICA E DESENVOLVIMENTO