Não bastassem os problemas das obras do BRT entre Cuiabá e Várzea Grande, ontem (27) foi a vez do Estado esclarecer a diferença entre valores empenhados e valores quitados, na tentativa de evitar mais repercussão negativa ao tema. O secretário de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso, Marcelo de Oliveira, rebateu afirmações do deputado estadual Lúdio Cabral (PT), de que o Estado já teria repassado R$ 153 milhões ao Consórcio BRT, o que corresponderia a 33% do contrato, enquanto apenas 18% das obras estariam executadas.
Segundo o secretário, “o parlamentar demonstra desconhecimento sobre a gestão pública ao confundir valores empenhados com valores efetivamente pagos, ou seja, reservados para o pagamento, e não o que foi de fato quitado pelo governo. O deputado falta com a verdade e confunde a população ao afirmar que os valores empenhados foram pagos ao Consórcio. O que a Sinfra pagou pelo BRT até o momento é justamente 18,61% do valor inicial do contrato”, afirmou Marcelo.
Padeiro explica que que o Estado empenhou R$ 152,9 milhões. No entanto, o valor efetivamente pago foi R$ 116 milhões. Desse total R$ 87 milhões referentes ao preço inicial do contrato (18,61%) e R$ 28,7 milhões correspondem a reajustes inflacionários, seguindo a tabela do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte.
“É preciso ter responsabilidade ao tratar de recursos públicos. A divulgação de informações equivocadas só atrapalha o debate e induz à população ao erro. O governo tem compromisso com a transparência e o bom uso dos recursos públicos. Não há nenhum pagamento indevido ou além do que foi efetivamente executado. Isso também é uma prova inequívoca de que o Governo tem os recursos necessários para executar a obra”, completou o secretário.
GARANTIA DE RETOMADA – O governador Mauro Mendes (União) garantiu que as obras do BRT serão retomadas “em breve” e que estarão prontas até 2026. Durante entrevista à imprensa, o governador disse que, apesar dos entraves burocráticos, o governo está tomando as providências para garantir a continuidade das obras o quanto antes.
“Vai ser feito, com certeza. Mas nós temos que ter um prazo para reorganizar. No mundo público, existem ritos, processos legais, que, se dependesse só do governador Mauro Mendes, já tinha resolvido esse negócio há muito tempo”, afirmou. De acordo com Mauro, são uma série de articulações que têm que se fazer para que as coisas aconteçam de forma segura e que não causem problema para ninguém. E nós vamos ter uma solução muito rápida, e rapidamente vamos ter as obras retomadas”, completou.
No último dia 5, o governo do Estado anunciou o rompimento do contrato com o Consórcio BRT Cuiabá, formado pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A., Heleno & Fonseca Construtécnica S.A. e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda.
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