O aeroporto de Juína, na região noroeste de Mato Grosso, deverá receber investimentos na ordem de R$ 42 milhões, através de emendas parlamentares e recursos do próprio Ministério de Portos e Aeroportos. O anúncio foi feito pelo senador Jayme Campos (União/MT), após participar de audiência pública conjunta das Comissões de Infraestrutura e de Desenvolvimento Regional com o ministro Márcio França.
Os investimentos a serem feitos no aeródromo de Juína fazem parte do esforço parlamentar para estimular a proposta de desenvolvimento da aviação regional em Mato Grosso, debatida durante a audiência com o ministro. Caso atendido, mais de 15 cidades ao longo da área de influência da MT-170 serão diretamente beneficiadas, com significativo salto de desenvolvimento.
Jayme Campos mostrou ao ministro a importância dos investimentos nos pequenos e médios aeroportos. Ele lembrou que no Brasil apenas 12% dos voos são de curta distância frente ao total de deslocamentos. Em outros países esse número chega a 30%. Márcio França, por sua vez, afirmou que o presidente Luís Inácio Lula da Silva recomendou uma meta de 99 novos pontos de parada de avião para incentivar a aviação regional. Hoje são pouco mais de 120 aeródromos.
Através da Infraero, pequenos e médios aeródromos podem receber reparos e ser administrados pela empresa pública, bastando, para isso, o governo ou prefeituras firmarem acordos de administração. Além disso, emendas parlamentares, segundo ele, podem ser direcionadas para esse fim.
Além de Juína, Jayme Campos citou os aeroportos de Tangará da Serra, Barra do Garças e Cáceres, como sendo “fundamentais para o desenvolvimento da aviação regional de Mato Grosso”.
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Outra questão levantada pelo senador mato-grossense diz respeito à concessão dos aeroportos de Várzea Grande, Sinop, Rondonópolis e Alta Floresta, administrados pela Centro-Oeste Airports. Concessionado há três anos, ele afirmou que as obras previstas no contrato não foram executadas. Com a pandemia, a empresa pediu prorrogação, concedida pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). “A última vez que passei lá, estavam colocando uma bolsa de cimento e um tijolo de cinco furos”, ironizou, ressaltando que o Aeroporto Marechal Rondon funciona em precárias condições.
PREÇO DE PASSAGENS – Durante a audiência, o senador Jayme Campos voltou a criticar os valores, que considera como ‘abusivos’ das passagens aéreas praticadas no Brasil pelas três maiores empresas aéreas, que, juntas, detém 97% do fluxo de passageiros no Brasil. Ele também pediu que o governo promova “um freio de arrumação” no setor aéreo ao citar casos de cancelamento de voos recorrentes que estão a prejudicar os passageiros “como se nada tivesse acontecido”.
Jayme Campos sugeriu ao presidente das duas comissões, respectivamente, Confúcio Moura, da Infraestrutura; e Marcelo Castro, de Desenvolvimento Regional, que promova um debate envolvendo a agência reguladora, ministério e empresas aéreas. “Não pode continuar da maneira que está. É muito ruim para o nosso país, para o nosso povo”, disse Campos.
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