O senador Jayme Campos (DEM/MT) se reuniu com o secretário de Estado de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiário, Silvano Amaral para definir uma série de estratégias visando liberação de recursos federais para a irrigação e para recuperação de áreas degradadas, principalmente, os municípios do Vale do Rio Cuiabá que detém 45% da população de Mato Grosso.
A proposta é gerar emprego e renda melhorando a qualidade da produção da agricultura familiar no estado de MT.
Fora isto, o senador lembrou do compromisso do novo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de destinar parte dos recursos do Fundo Constitucional do Centro Oeste – FCO para a agricultura familiar através das Cooperativas de Crédito que conhecem muito mais a realidade do pequeno e micro produtor.
“Vamos acionar o Programa Nacional de Irrigação – PRONI, que tem recursos constitucionais previstos para investir principalmente nos municípios do Vale do Rio Cuiabá, ampliando a capacidade de produção da agricultura familiar, gerando emprego e renda”, disse o senador que acredita na real possibilidade de fazer da Baixada Cuiabana uma grande produtora de alimentos.
O secretário Silvano Amaral sinalizou que está buscando parcerias com o Governo Federal para poder atender as demandas existentes, não apenas na produção agrícola, mas também na recuperação de áreas degradadas que podem voltar a produzir e ampliar o potencial de Mato Grosso que já é destacado, mas pode ser melhorado.
Números
As pequenas e médias propriedade somam atualmente 4,4 milhões de unidades no Brasil. O número representa 84,4% do total dos estabelecimentos agropecuários do país. A expressividade da agricultura familiar não está presente só no contexto brasileiro. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), nove em cada dez propriedades agrícolas mundiais – 570 milhões -, são geridas por famílias, que produzem cerca de 80% dos alimentos no mundo.
As estimativas apontam para mais de R$ 2,5 bilhões do FCO para Mato Grosso e que estes recursos têm que ser partilhados em iguais quotas entre os bancos oficiais e as cooperativas de crédito, para que mais pessoas possam ter acesso ao crédito e possam produzir e gerar emprego e renda.