A taxa de desocupação de Mato Grosso registrou leve recuo, passando de passou de 9,9%, no primeiro trimestre de 2021, para 9%, no segundo trimestre de 2021, como apontam dados da a PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgados ontem (31), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com a movimentação, Mato Grosso abre a segunda metade do ano com a terceira menor taxa no país, atrás de Santa Catarina (5,8%) e Rio Grande do Sul (8,8%). No segundo trimestre de 2020, por exemplo, a taxa mato-grossense havia sido de 10,2%, uma diferença ainda mais significativa de 1,2 ponto percentual (p.p.). Entre os estados, Pernambuco teve a maior desocupação, com 21,6%, seguido por Bahia (19,7%) e Sergipe (19,1%).
Estimada em 2.836 mil pessoas, a população mato-grossense em idade de trabalhar aumentou em 63 mil pessoas de abril a junho de 2021 (2,3% em relação ao mesmo período do ano anterior). Na comparação com o trimestre anterior, não houve variação estatisticamente significativa.
O número de ocupados em Mato Grosso está estimado em 1.644 mil pessoas no segundo trimestre de 2021, enquanto que o de desocupados está em 162 mil pessoas. Nenhum dos dois, porém, apresentou variação estatisticamente significativa em relação ao mesmo trimestre de 2020 e, também, em relação ao trimestre anterior.
Mato Grosso tinha ainda 1.031 mil pessoas fora da força de trabalho de abril a junho de 2021, número estável quando comparado aos 1.014 mil no trimestre anterior e aos 1.000 mil de abril a junho do ano passado.
De acordo com o estudo, a taxa de informalidade da população de 14 anos ou mais de idade, ocupada na semana de referência, ficou em 41,4% em Mato Grosso no segundo trimestre de 2021, um pouco acima da brasileira, que está em 40,6%. A maior no Brasil é no Pará e no Maranhão, com 60,5%, e a menor em Santa Catarina, com 26,9%.
O número de pessoas de 14 anos ou mais que trabalham por conta própria em Mato Grosso aumentou de 435 mil, no segundo trimestre de 2020, para 486 mil, no mesmo período deste ano, uma alta de 11,7%. No primeiro trimestre de 2021, foi de 470 mil.
A desocupação brasileira ficou em 14,1% de abril a junho de 2021, 0,6 ponto percentual a menos do que de janeiro a março, quando foi de 14,7%. No segundo trimestre de 2020, porém, a taxa do Brasil havia sido de 13,3%.
A OCUPAÇÃO – Por grupamento de atividades, o setor de construção foi o único que aumentou o número de trabalhadores: de 119 mil, de abril a junho do ano passado, para 149 mil, no mesmo período deste ano, uma diferença de 25,6%. No primeiro trimestre de 2021, o total foi de 142 mil.
DESALENTADOS – O total de desalentados – as pessoas que desistiram de procurar trabalho no período pesquisado, por acharem que não encontrariam – foi estimado em 23 mil de abril a junho de 2021, queda de 36% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foi de 37 mil. No primeiro trimestre de 2021, o número ficou em 31 mil.
A PNAD Contínua estimou em R$ 2.425 o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos no estado no segundo trimestre de 2021. No trimestre anterior, era de R$ 2.474 e, no segundo trimestre de 2020, era de R$ 2.598. Essas variações, no entanto, não são estatisticamente significativas.
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