O governador de Mato Grosso em exercício, Otaviano Pivetta (Republicanos), criticou duramente a demora por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em conceder licenças ambientais para dar início às obras no Portão do Inferno, na MT-251, que liga Chapada dos Guimarães a Cuiabá. Em resumo, Pivetta deixou claro, em entrevista ao Veja Bem MT, que o governo estadual está com a “paciência no limite”, reclamando da morosidade com que as Pastas especificas tratam de assuntos ambientais.
“Estamos aguardando pelo pronunciamento do Ibama e ICMBio, com a paciência no limite. Mas aguardamos, afinal de contas é obrigação dos dois órgãos conceder a licença para que possamos realizar a obra. A população não suporta mais a morosidade e falta de objetividade do governo”, disse o governador.
No começo do mês, a obra, chamada de retaludamento do paredão rochoso do Portão do Inferno, os presidentes do Ibama, Rodrigo Antônio de Agostinho Mendonça, e do Instituto Chico Mendes, Mauro Oliveira Pires, em uma reunião com senadores e governo do Estado, em Brasília, afirmaram que as obras deverão ter início em até 30 dias.
Atualmente, o trafego de veículos na MT-251 encontra-se parcialmente interditado, mantendo o modelo ‘pare e siga’. O Estado só tem permitido a passagem de veículos pequenos e minivans com, no máximo, 10 passageiros. Dependendo das condições climáticas, a passagem de veículo é interrompida totalmente.
A OBRA – No fim do mês de março, o governo de Mato Grosso assinou um que prevê a retirada total do maciço do Portão do Inferno, por meio de uma obra de “retaludamento”, popularmente conhecido como recorte de rochas, localizadas na encosta da rodovia. A empresa terá 120 dias para concluir as obras.
Porém, antes de iniciar a execução do projeto, o governo do Estado depende da aprovação do ICMBIo (Instituto Chico Mendes) e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), responsáveis pela gestão do parque.
O projeto recebeu críticas de estudiosos em geologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), por não ser o modelo mais correto de intervenção e por demandar um tempo muito maior que o estimado pelo Estado.