A taxa de desocupação, que é o percentual de pessoas desocupadas em relação às pessoas na força de trabalho, em Mato Grosso, foi de 3,5% referente aos meses de janeiro a março de 2025, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua, (PNAD-C) divulgada na última sexta-feira (16), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No primeiro trimestre de 2025, em Mato Grosso, havia 68 mil desocupados, sem variação estatisticamente significativa em relação ao mesmo período do ano anterior. Todavia, houve um aumento de 20 mil pessoas desocupadas em relação ao trimestre anterior, ou seja, uma variação na ordem de 40%.
Mato Grosso apresentou a terceira menor taxa de desocupação no país para o período, atrás dos estados de Santa Catarina (3,0%) e Rondônia (3,1%). No país, a taxa de desocupação ficou em 7,0%. Os estados de Pernambuco (11,6%) e Bahia (10,9%) ficaram com as maiores taxas, seguidos do Piauí com 10,2%.
Na Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá, a taxa de desocupação foi de 5,3%, houve aumento de 1,5p.p. da taxa de desocupação se comparado ao trimestre anterior (3,8%) e redução de 0,6p.p. (ponto percentual) em relação ao mesmo período do ano anterior (5,9%).
CUIABÁ – A capital Cuiabá apresentou estabilidade no primeiro trimestre de 2025, com a taxa de desocupação estimada em 4,2% apresentando aumento de 1,1p.p. em comparação ao trimestre anterior (3,1%), e redução de 1,5p.p. frente ao primeiro trimestre de 2024 (5,7%).
São classificadas como ocupadas na semana de referência as pessoas que, nesse período, trabalharam pelo menos uma hora completa em trabalho remunerado em dinheiro, produtos, mercadorias ou benefícios (moradia, alimentação, roupas, treinamento etc.) ou em trabalho sem remuneração direta em ajuda à atividade econômica de membro do domicílio ou, ainda, as pessoas que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas nessa semana.
A população ocupada no primeiro trimestre de 2025 em Mato Grosso foi estimada em 1,89 milhão de pessoas, sem variação estatisticamente significativa em relação ao mesmo período do ano anterior. Entretanto, houve uma redução de 41 mil pessoas nesta situação em relação ao trimestre anterior, uma variação de -2,1%.
A PNAD-Contínua também aponta que o nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na semana de referência em relação às pessoas em idade de trabalhar) foi de 67,0%, sem variação estatística em relação ao mesmo período do ano anterior. Com relação ao trimestre anterior, houve uma queda de 1,4p.p..
POPULAÇÃO DESOCUPADA – Estimada em 68 mil pessoas, quando comparada ao mesmo período do ano anterior (jan-mar/2024), verifica-se uma queda de 4 mil pessoas (ou 6,1%) mas, ao compararmos ao trimestre anterior (out-dez/2024), houve um aumento de 20 mil pessoas (ou 40%) nesta condição.
SUBOCUPAÇÃO POR INSUFICIÊNCIA DE HORAS TRABALHADAS – A pesquisa apontou que, em Mato Grosso, no período de referência, o total de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas era de 34 mil, diminuição de 8 mil pessoas (-6,1%) em relação ao quarto trimestre de 2024 e diminuição de 25 mil pessoas (-42,3%) se comparado ao primeiro trimestre de 2024.
RENDIMENTO MÉDIO REAL HABITUAL – Rendimento médio real habitual recebido em todos os trabalhos é o rendimento bruto real médio habitualmente recebido em todos os trabalhos que as pessoas ocupadas com rendimento tinham na semana referência, a preços do mês do meio do trimestre mais recente que está sendo divulgado. O deflator utilizado para isso é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA.
Em Mato Grosso, a pesquisa indicou R$ 3.600 como sendo o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos, representando variação de -0,5% frente ao trimestre anterior (R$ 3.620), e queda de 0,9% se comparado ao 1º trimestre de 2024 (R$ 3.632).
O Rendimento médio real habitual recebido em todos os trabalhos da Região Metropolitana foi de R$ 3.563 uma diminuição de R$ 116 (ou –3,1%) se comparado ao trimestre anterior. Em relação ao primeiro trimestre de 2024, a redução foi da ordem de R$ 171 (ou –4,6%).
Para o primeiro trimestre de 2025, o rendimento médio real habitual recebido em todos os trabalhos da Capital Cuiabá foi de R$ 3.898, apresentando uma redução de R$ 334 (ou -3,8%) em relação ao rendimento do trimestre anterior, de outubro a dezembro de 2024. Se comparado ao primeiro trimestre de 2024, a queda foi da ordem de 7,9% – isto é, R$ 334 a menos.
EMPREGADOS NO SETOR PRIVADO – Com carteira de trabalho assinada Estimados em 813 mil pessoas, houve um aumento de 52 mil pessoas (6,8%) em relação ao mesmo período do ano anterior. Com relação ao trimestre anterior, houve redução de 6 mil pessoas, ou seja, variação de –0,7%.
SEM CARTEIRA DE TRABALHO ASSINADA – Estimados em 216 mil pessoas, não apresentou variação estatisticamente significativa em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e, também, em relação ao trimestre anterior.
DESALENTADOS – Os desalentados são pessoas que gostariam de trabalhar e estariam disponíveis, porém, não procuraram trabalho por acharem que não encontrariam. Vários são os motivos que levam as pessoas de desistirem de procurar trabalho, entre eles:
– Não encontrar trabalho na localidade
– Não conseguir trabalho adequado
– Não conseguir trabalho por ser considerado muito jovem ou idoso, ou
– Não ter experiência profissional ou qualificação.
De acordo com os dados divulgados pela PNAD-C, referentes ao primeiro trimestre de 2025, o estado de Mato Grosso estimou 16 mil pessoas desalentadas. No mesmo período do ano anterior, esse número era de 27 mil, indicando uma redução significativa de 41,1% ou 11 mil indivíduos desalentados. Quando comparado com o trimestre anterior, essa queda é menos expressiva. No trimestre anterior (out-dez/2024), a quantidade de desalentados em Mato Grosso era de 18 mil, o que representa uma diminuição de 11,9% ou 2 mil pessoas desalentadas.
INFORMALIDADE – A taxa de informalidade no 1° trimestre de 2025 em Mato Grosso ficou em 35,2%, ficando com a oitava menor taxa do país, apresentando uma redução de 1,3% em relação ao mesmo período no ano anterior (jan-mar/2024) e um aumento de 0,4% em relação ao trimestre anterior (out-dez/2024). Entre os estados com maior taxa estavam o Maranhão (58,4%), o Pará (57,5%) e o Piauí (54,6%). Já os menores percentuais foram de Santa Catarina (25,3%), Distrito Federal (28,2%) e São Paulo (29,3%).
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