O Governo Federal anunciou na última sexta-feira (26.02) uma ampliação no orçamento do FGTS destinado a investimentos. Este ano o recurso ampliado será de R$ 21,7 bilhões, passando de R$ 83,6 bilhões para R$ 104,7 bilhões.
Este incremento será totalmente direcionado a habitação. A expectativa é que isso resulte em 140 mil novas unidades habitacionais, de acordo com o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto.
O secretário-executivo do conselho curador do FGTS, Quênio Cerqueira, que detalhou o anúncio feito por Rossetto, explicou que a decisão de ampliar o orçamento foi motivada pela escassez de crédito imobiliário no país e pelo aumento da capacidade de investimento do fundo.
O principal motivo para a diminuição do crédito imobiliário, segundo ele, foi a retirada de recursos da poupança, que é um dos pilares do financiamento habitacional. Em janeiro, a saída de recursos da caderneta de poupança foi recorde. As retiradas superaram os depósitos em R$ 12,03 bilhões em janeiro.
Linhas de Financiamento
Os R$ 21,7 bilhões serão divididos em duas linhas de investimento. A maior parte, R$ 11,7 bilhões, será investida em linhas tradicionais de financiamento habitacional, sendo R$ 8,2 bilhões na chamada Pró-cotista, que concede financiamento de residências exclusivamente para trabalhadores que têm conta vinculada ao FGTS. Pelo menos R$ 7,6 bilhões devem ser destinados à habitação popular – que são os imóveis de até R$ 225 mil.
Antes da suplementação, o valor previsto para essa linha em 2016 era de apenas R$ 1,3 bilhões.
A outra parte, de R$ 10 bilhões, o FGTS investirá em Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI).
Essa forma de investimento consiste em um título que o FGTS compra dos bancos – tanto públicos quanto privados – a uma taxa de juros de 7,5% ao ano. Ao receber o valor investido pelo FGTS, o banco tem de usar os recursos para financiar habitação.
Uma diferença entre as duas linhas é que, enquanto a Pró-cotista financia imóveis apenas para pessoa física – exclusivamente aquela que tem conta vinculada ao FGTS –, pelo CRI, o banco pode fazer empréstimos também para empresas que investirão na construção de habitações. Portanto, além do mercado de compra e venda crescer, também deve ser impulsionado o setor da construção civil.
Mato Grosso
O site Mato Grosso Econômico levantou a expectativa local e o cenário é otimista para a recuperação do setor. Após três anos de prejuízo, o mercado imobiliário do estado já vem demonstrando sinais de recuperação e deverá fechar este ano com crescimento de 30%.
Essa é a expectativa do Sindicato da Habitação e das Empresas Imobiliárias de Cuiabá e Várzea Grande (Secovi) e de dirigentes das imobiliárias locais, que apostam no crescimento econômico do Estado como chamariz dos novos investimentos e, consequentemente, na expansão do ramo de imóveis.
O presidente do Secovi, Magno Antônio de Sant’Anna acredita que a boa divulgação do Estado para investidores externos, favorece o setor imobiliário. “Muita gente vê Mato Grosso como potencial para investir e morar, isso acaba atraindo aquisições e aluguéis. Em anos anteriores já tivemos muita estagnação, mas o cenário atual é otimista pelas potencialidades do Estado”, afirmou do presidente.
O governo de Mato Grosso tem feito inúmeros esforços para “vender o potencial do estado para investidores externos”. Desde o ano anterior, o poder executivo tem se reunido com inúmeros investidores, por meio de reuniões estratégicas e participação de eventos em outros países. O mais recente foi realizado nos Emirados Árabes, onde contou com a participação do governador Pedro Taques, do secretário de Desenvolvimento Econômico, Seneri Paludo e demais membros do médio e alto escalão do governo e de entidades representativas.
O vice-governador Carlos Fávaro também tem trabalhado na relação com investidores. Recentemente discutiu sobre a implantação da ferrovia Transceânica em reunião com a embaixada chinesa em Brasília. O parlamentar deputado estadual Dr. Leonardo, tem levantado a bandeira da reativação da ZPE (Zona de Processamento de Exportação) localizada em Cáceres, que também fomentará muitos investidores e deve mudar o cenário não só de Cáceres, mas de todo o estado em relação a investimentos e aquecimento do mercado imobiliário.
No mercado de aluguéis, as salas comerciais caíram em média 40%. Um dos motivos foi o excesso de oferta. O gerente administrativo da Abdala Imóveis, José Antônio, acredita que agora chegamos a um patamar ideal. A opinião do gerente da imobiliária Petrópolis, Odil Sérgio, disse que sempre teve resultados positivos pois trabalha com clientes da classe C.
O site Mato Grosso Econômico acompanhará os impactos das recentes decisões políticas e econômicas e trará para o leitor as conseqüências para o setor imobiliário e demais áreas econômicas do estado. Acompanhe e fique por dentro do que acontece no estado de Mato Grosso.