Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio divulgada esta semana, aponta que o empresário do comércio está aos poucos retomando a confiança.
Nacionalmente o Índice Geral no quesito Confiança do Empresário do Comércio registrou alta em agosto, superando os meses anteriores que também tiveram crescimento. O Índice de Confiança passou de 82,33 pontos em junho, para 86,99 em julho e agora 90 pontos em agosto. O indicador é uma pesquisa qualitativa que vai de zero a 200, sendo abaixo de 100, insatisfação e acima, satisfação.
Embora nacionalmente o registro esteja abaixo da zona de indiferença (100 pts), em Cuiabá os números do comércio são mais otimistas que a média brasileira. O Índice Geral de Confiança do Empresário do Comércio na capital de Mato Grosso passou de 100,5 pontos em junho, para 104,7 em julho e agora 108,3 em agosto.
Quando a pergunta foi sobre a Expectativa dos Comerciantes para o Setor, a pesquisa mostrou uma melhora significativa na confiança dos empresários cuiabanos. De 139,4 pontos em junho, foi para 146,3 em julho e em agosto melhorou um pouco mais, passando para 149,4 pontos.
Mesmo assim o levantamento mostra que os comerciantes entenderam que o momento ainda é de cautela. Tanto é que as respostas sobre o Nível de Investimento foram mais enxutas. O índice nesse quesito registrou 67,7 pontos em junho, 71,5 em julho e repetiu essa pontuação (71,5 pts) em agosto.
Para o superintendente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado, Evaldo Silva, que também é presidente do Conselho Regional de Economia, o otimismo dos comerciantes cuiabanos se deve às características econômicas de Mato Grosso. “Um dos principais entraves para uma reação mais efetiva do comércio é o desemprego. Em Cuiabá esse impacto não foi tão grande quanto em grandes centros como São Paulo, por exemplo. Isso porque em Mato Grosso, cerca de um terço da população do Estado está concentrada na capital, que, por ser uma capital, reúne um grande número de órgãos públicos, que por sua vez, geram empregos e garantem uma certa estabilidade ao trabalhador”, pontuou Evaldo.
Além disso, o agronegócio continua figurando como um ponto de estabilidade econômica para Mato Grosso contribuindo para que a crise em Cuiabá não gere um desgaste tão grande como nas capitais mais populosas do país.
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado, Hermes Martins, disse que o resultado da pesquisa que mostra mais confiança do comerciante na capital, é um respiro para o segmento. “O empresário está passando pela crise aprendendo a reinventar o seu negócio e definindo novas estratégias de gestão. A expectativa agora é que o consumidor também recupere a confiança e isso se reflita nas vendas”, disse o presidente.