Na terça-feira(11), aconteceu em Cuiabá, ações e linhas de crédito para piscicultura e irrigação foram tema de um workshop com produtores, técnicos e projetista.
Organizado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), no evento foram apresentadas as demandas dos produtores representados pela Associação dos Produtores de Feijão e Irrigantes (Aprofir), pela Associação dos Aquicultores (Aquamat) e ainda como obter acesso a financiamentos junto aos agentes financiadores.
O Governo do Estado tem realizado ações para estimular a produção de peixe e a agricultura irrigada em Mato Grosso. O Estado tem potencial para dobrar a produção de pescado de água doce e elevar a 9 milhões de hectares a área irrigada, por conta da oferta de recursos hídricos. Uma das ações do governo foi priorizar as duas atividades no orçamento do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO/Rural) para 2016.
O secretário adjunto de Agricultura da Sedec, Alexandre Possebon destacou os potenciais das duas atividades e enfatizou as ações do governo para estimular o desenvolvimento. “A piscicultura vem para agregar valor aos nossos grãos e intensificar a produção. Na irrigação, temos o maior potencial de área irrigável do Brasil. Importamos muito hortifrútis, quase a totalidade do que é consumido aqui vem de outros estados que usam a irrigação, o que é um contrassenso para um estado que tem recurso hídrico. Temos que trazer tecnologia, estruturar o setor e uma das ações é o direcionamento de recurso do FCO Rural”.
Possebon falou ainda que investir nessas duas áreas pode ser uma opção para melhorar o desenvolvimento de municípios com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). “Uma das missões que o governador nos passou é a de buscar, tanto nas regiões mais desenvolvidas como nas mais carentes, situações que propiciem o desenvolvimento de grandes culturas, de trazer e desenvolver através de tecnologia ou de setores como irrigação e piscicultura para que eles possam crescer e se desenvolver”.
O assessor de negócios do Banco do Brasil, João Carlos, frisou a importância de disseminar informação aos produtores quanto ao acesso às linhas de crédito. “Os recursos para piscicultura e irrigação existem e o produtor precisa saber como acessar esse crédito, quais os documentos que ele precisa. A nossa presença nesse evento é importantíssima, é a oportunidade de apresentar qual o processo que utilizamos para a concessão de crédito, e dividir com as demais instituições que compõem a cadeia no sentido de construir uma forma para que o produtor tenha acesso ao crédito com mais facilidade”.
Para Herbert Carli Júnior, do Grupo Bom Futuro, a aproximação do Governo com as entidades produtivas é essencial. “É muito importante aproximar a realidade de quem produz com os órgãos governamentais e os agentes financiadores. Essa discussão com os setores é sempre bem-vinda. Enquanto produtores, podemos apresentar as nossas demandas e também compreender as limitações dos órgãos e suas responsabilidades, entender e tentar encontrar meios para que consigamos ser mais produtivos”.
O assessor técnico da Aprofir, Hélio de Almeida Filho, que representou os produtores de feijão e irrigantes de Mato Grosso, destacou que o setor obteve conquistas essenciais por meio do diálogo aberto com o Governo. “Precisamos disso, esses encontros são uma ferramenta essencial. Acredito que só o governo consegue unir todas as frentes: os produtores, as instituições financeiras e os órgãos governamentais. E essa neutralidade de poder unir todos os integrantes da cadeia produtiva já tem gerado soluções. A principal foi o direcionamento do FCO Rural para piscicultura e irrigação, uma conquista enorme”.
Representantes da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Secretaria de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Seaf) e da Central de Abastecimento (Ceasa-MT) também participaram do evento.