Não é novidade que as competições esportivas movimentam, e muito, a economia. Tanto em um grande evento global como a Copa do Mundo, quanto em um evento nacional, são altos os investimentos e faturamento por parte de equipes, patrocinadores e estádios. Também aumentam as receitas de hotéis, restaurantes, bares e lojas. Até uma competição menor, como é o caso de jogos universitários, são relevantes para a economia.
Nas últimas décadas, a web tem transformado as competições esportivas e o seu mercado. As empresas mais antenadas, como a operadora Vivo, perceberam que a união entre esporte e internet poderia ser lucrativa e, assim, vêm modificando a forma como as pessoas recebem e interagem com os conteúdos esportivos.
As apostas esportivas
Graças à Internet, hoje o espectador pode se divertir assistindo e, ao mesmo tempo, apostando em competições esportivas, de forma rápida, fácil e segura. A aposta esportiva da Betfair, por exemplo, inclui jogos de futebol, tênis, críquete e rugby, além de corridas de cavalos.
Estima-se que hoje os brasileiros apostem cerca de R$ 3 bilhões em sites internacionais e, segundo um estudo encomendado pela Remote Gambling Association (RGA) e realizado pela KPMG, no final de 2017, seria possível movimentar quase R$ 7 bilhões se esses jogos online fossem regulamentados no país.
A cobertura online
Entre as pessoas que desejam apenas assistir às competições esportivas, a Internet tem se tornado um veículo essencial. Como mostra uma matéria da Folha de São Paulo, há muitas modalidades de esporte que são transmitidas apenas na Internet. O rugby, por exemplo, tem conquistado popularidade em Cuiabá e em todo o país, mas continua de fora da televisão brasileira, especialmente dos canais abertos.
Mesmo no caso de esportes mais tradicionais no Brasil, muitas emissoras de TV, como o canal SporTV, passaram a oferecer aos seus assinantes a opção de assistir online às suas transmissões esportivas.
O jornalismo também resolveu usar a Internet para cobrir esportes em tempo real, quer por meio do live blogging — a cobertura do evento em uma espécie de linha do tempo, em um site ou blog —, quer usando as redes sociais e plataformas de transmissão ao vivo online. A Internet permite que os espectadores da competição interajam mais com a emissora, com os comentaristas do evento e também entre si.
Os eSports
Talvez uma das maiores mudanças no mundo das competições esportivas sejam os eSports. O eSport, ou esporte eletrônico, é uma competição profissional de videogame que geralmente é transmitida pela Internet. De acordo com pesquisas de 2018 da Newzoo, os esportes eletrônicos devem faturar mais de US$ 900 milhões (mais de R$ 3 bilhões) no mundo este ano.
A audiência global de eSports é de quase 400 milhões de pessoas e deve crescer para cerca de 560 milhões até 2021. No Brasil, a audiência subiu de cerca de 15 milhões de pessoas em 2017 para mais de 18 milhões em 2018. Estima-se que ela chegará a quase 30 milhões em 2021. Não é de se surpreender que grandes empresas, como a Sky, a NetShoes e a Jovem Pan, estejam investindo nos eSports.
Com tanta audiência e faturamento presentes online, o mundo dos esportes tende a explorar cada vez mais a Internet. As empresas e consumidores da área terão de se adaptar a essa nova realidade ou ficarão para trás nessa competição.