Como ainda o país está lutando para sair da crise e retomar o crescimento, alguns setores tem momentos de baixa como a produção industrial que despencou em Mato Grosso, em março, tanto na comparação mensal quanto na anual.
As taxas negativas estão entre as maiores do país apuradas pelo IBGE. Em relação a fevereiro, a retração estadual foi de 6,6% e em relação ao mesmo mês do ano passado (março) a queda é praticamente duas vezes maior: -12,3%. Na comparação anual, o Estado exibe a segunda maior redução entre os 15 locais pesquisados pelo Instituto, atrás apenas do registrado no Pará, com saldo de -12,5%.
Conforme dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, divulgada na última quarta-feira (08), as taxas negativas no Estado decorrem da perda de ritmo na produção de produtos alimentícios (carnes de bovinos frescas, refrigeradas e congeladas).
A pesquisa aponta que recuo no país foi de 1,3% em relação a fevereiro, e, em relação a março do ano passado a retração foi de 6,1%. Na comparação mensal, a queda na média do país reflete as taxas negativas apuradas em nove dos 15 locais pesquisados e em relação a 2018, as quedas em 12 de 15 locais pesquisados.
Na avaliação mensal, conforme o IBGE, as quedas mais intensas foram no Pará (-11,3%) e na Bahia (-10,1%). Região Nordeste (-7,5%), Mato Grosso (-6,6%), Pernambuco (-6,0%), Minas Gerais (-2,2%) e Ceará (-1,7%) também tiveram quedas mais acentuadas do que a média nacional (-1,3%), enquanto São Paulo (-1,3%) e Amazonas (-0,5%) completaram o conjunto de locais com índices negativos. Por outro lado, Espírito Santo (3,6%), Rio de Janeiro (2,9%) e Goiás (2,3%) tiveram as maiores altas. As demais taxas positivas foram no Paraná (1,5%), Santa Catarina (1,2%) e Rio Grande do Sul (1,0%).
Na comparação com março de 2018, o setor industrial caiu 6,1% em março de 2019, com 12 dos 15 locais pesquisados registrando resultados negativos. Vale citar que março de 2019 (19 dias) teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (21). Nesse mês, os recuos mais intensos foram no Pará (-12,5%), Mato Grosso (-12,3%), Espírito Santo (-11,1%) e Amazonas (-10,8%).