No acumulado de sete meses da safra 2021/22, as contratações totais do crédito rural, em Mato Grosso, somam pouco mais de R$ 17,6 bilhões, cifras que equivalem a 40% de tudo que foi demanda pelo Centro-Oeste neste período.
Dados divulgados pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), mostram que em todo Centro-Oeste o total de crédito atingiu R$ 43,98 bilhões, valor 31% maior quando comparado ao mesmo momento do ciclo anterior. No País, foram demandados R$ 174 bilhões, o que representa uma elevação de 31% em relação ao mesmo período da safra passada.
Dentro do recorte regional, Mato Grosso foi o que mais acessou os recursos oficiais, responde por 40% dos financiamentos dessa safra, seguido por Goiás com 36% e Mato Grosso do Sul, 23%.
Ainda sobre o desempenho regional do financiamento desta safra, os dados mostram que enquanto a tomada de recursos aumentou 31% em um ano, o número de contratos cresceu 2%, atingindo 89.952.
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O CRÉDITO – Conforme o Mapa, destaca-se o aumento de 69% no crédito de comercialização, sobretudo para milho, soja e café, em função de aumento de preços e ampliação de estoques pelas empresas consumidoras. As demais finalidades apresentaram crescimento nas contratações de 31% no custeio, 25% na industrialização e 21% no investimento.
Entre julho de 2021 e janeiro de 2022, o valor das contratações realizadas por pequenos, médios e grandes produtores, e seu respectivo aumento, foram R$ 23,2 bilhões (+30%) no Pronamp, R$ 28,1 bilhões (+29%) no Pronaf e R$ 122,7 bilhões (+32%) para os demais produtores.
No que se refere às contratações por fontes de recursos, as controladas responderam por 68% (R$ 117,8 bilhões), dentre as quais se destacam os Recursos Obrigatórios (23%) e a Poupança Rural Controlada (26%), sendo que as fontes não controladas se situaram em 32% (R$ 56,2 bilhões), com destaque para a participação dos recursos da LCA, equivalente a 12% ou R$ 21,7 bilhões, e da Poupança Rural Livre com 15% ou R$ 25,5 bilhões.
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