Confirmando a tradição de ofertar os primeiros grãos da nova safra brasileira entre a semana do Natal e do Ano Novo, Mato Grosso sai na frente e dá a largada da colheita de soja, ciclo 2022/23. A mato-grossense Amaggi deu a largada dessa nova etapa no campo.
Ontem, a holding colheu os primeiros talhões de soja do Estado. Os trabalhos começaram na Fazenda Itamarati Norte, a maior da empresa, localizada em Campo Novo do Parecis e uma das primeiras a iniciar a colheita no Brasil.
A área total plantada de soja nesta safra em todas as fazendas da Amaggi é de 170.66 mil hectares, incluindo todas as unidades da agropecuária. A previsão é chegar a uma produção de 601.711 toneladas do grão.
Com sede em Cuiabá (MT), a Amaggi está presente em todas as regiões do Brasil, com fazendas, armazéns, escritórios, fábricas, frota fluvial e rodoviária, terminais portuários e centrais hidrelétricas. São 74 unidades localizadas em 42 municípios de nove estados. No exterior, a empresa possui unidades e escritórios na Argentina, China, Holanda, Noruega, Paraguai, Suíça e Singapura.
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SOJA MT – O oitavo levantamento de safra realizado no mês de novembro, pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), trouxe reajuste no rendimento aguardado para a temporada 2022/23 de soja, em Mato Grosso. A projeção de produtividade apresentou queda de 0,85% ante o relatório passado, ficando estimada em 58,51 sacas por hectare (sc/há).
“A redução no indicador foi pautada pela chuva mal distribuída no mês passado e pelo volume de precipitação aquém do observado historicamente em algumas regiões do Estado, o que influenciou na diminuição da umidade do solo e no aumento do estresse das plantas. Para se ter uma ideia, alguns municípios apresentaram ausência de chuvas em mais de 10 dias”, explicam os analistas do Imea.
A projeção de área foi mantida em 11,81 milhões de hectares, permanecendo o aumento de 2,95% em relação à safra passada. Em relação ao rendimento, as precipitações no último mês foram mal distribuídas e com volumes aquém do observado historicamente em algumas localidades do Estado, o que influenciou na diminuição da umidade do solo e no aumento do estresse das plantas. “Diante do atual cenário, a produção da safra 2022/23 foi reajustada para 41,46 milhões de toneladas de soja, representando um recuo de 0,85% ante ao relatório anterior, mas ainda 1,40% acima da safra 2021/22”. Ainda que se confirmem as novas estimativas, a oferta prevista deverá ser novamente recorde, com expansão de 1,4% em relação ao ciclo anterior.