As empresas de Mato Grosso venderam R$ 1,7 bilhão pelo e-commerce entre 2016 e 2022, segundo levantamento inédito do Observatório do Comércio Eletrônico, plataforma do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), lançada na semana passada.
Os dados constam de uma ferramenta que acaba de ser lançada pelo MDIC, o Dashboard do Comércio Eletrônico Nacional, que reúne informações sobre vendas online realizadas no Brasil com emissão de nota fiscal.
No caso de Mato Grosso, os dados revelam que 82% das vendas foram para dentro do próprio Estado. Destas, os destaques são para aparelhos de celular, livros e desodorantes.
No mesmo período, os mato-grossenses fizeram compras online de outros estados no valor de R$ 7,8 bilhões, com predominância de aparelhos de celular, desktops, televisores e ar condicionado.
O Dashboard é a primeira ferramenta pública a agregar números oficiais do comércio eletrônico no país. Até então, boa parte das informações vinha de bases privadas.
“A compilação e publicação das estatísticas está alinhada aos esforços do governo para impulsionar e dar transparência à economia digital”, afirma Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC. “O dashboard vai subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas para o setor, inclusive para equalizar eventuais concentrações regionais, podendo, ainda, balizar decisões de investimentos das empresas”, completa.
Leia também: Intenção de Consumo das Famílias melhora em abril, aponta Fecomércio
CRESCIMENTO – Os dados do Dashboard referem-se às movimentações realizadas entre 2016 e 2022. Neste intervalo de sete anos, o valor total bruto movimentado no país foi de R$ 628 bilhões.
As vendas online tiveram crescimento exponencial com a pandemia de Covid 19, e a plataforma mostra o tamanho deste salto no caso brasileiro: as vendas eletrônicas foram de R$ 36 bilhões em 2016 para R$ 187 bilhões em 2022.
No panorama nacional, o líder absoluto de compras pela internet entre 2016 e 2022, em termos de movimentação financeira, foi o celular. No período, a venda de terminais portáteis de telefonia, incluindo smartphones, movimentou R$ 72,1 bilhões, ou 11,5% do total.
Na sequência, aparecem televisores, com faturamento de R$ 28 bilhões (4,5%), e notebooks, tablets e similares, com R$ 21 bilhões em vendas. Depois vêm geladeiras ou freezers, R$ 17,8 bilhões (2,8%), livros, brochuras e impressos semelhantes, com R$ 16,8 bilhões (2,6%) e máquinas de lavar roupas, com R$ 10,8 bilhões (1,7%).
A lista completa abrange milhares de produtos – de calçados a filtros d’água, de roupas a alimentos, passando por móveis de madeira, além de cosméticos, medicamentos, bijuterias, acessórios gerais, eletroeletrônicos, pneus, automóveis e até barcos.