Boletim Semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostra que apesar do aumento nos envios de bovinos para abate e na produção de carne, a maior participação de fêmeas resultou em um menor rendimento de carcaça, em Mato Grosso.
A afirmação do Imea se baseia em dados do IBGE referentes ao primeiro trimestre de 2023. Nesse período – de janeiro a março – foram produzidas 332,37 mil toneladas de carne e abatidas 1,20 milhão de cabeças bovinas em Mato Grosso, o que representou um avanço de 7,29% e 7,41% contra o mesmo período do ano passado, respectivamente. “O rendimento médio de carcaça, por sua vez, não apresentou grandes diferenças e ficou na média de 275,75 quilos por animal abatido, redução de 0,03% no comparativo anual. Essa conjuntura de aumento nos abates é reflexo dos animais que foram produzidos no momento de alta do ciclo pecuário, gerando maior disponibilidade de animais terminados no mercado. Nesse sentido, a tendência é que 2023 seja um ano de intensificação nos abates, gerando também maior produção de carne, ampliando a oferta da proteína”.
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CONFINAMENTO – Com o início do período de seca, os confinadores começam a se planejar com a compra de insumos para aumentar o estoque. Esse é um ponto importante do planejamento da operação, uma vez que a alimentação é um dos fatores que mais pesam no custo de produção do confinamento. Logo, além do milho como fonte energética, tem-se também a fonte de proteína que é de grande importância na dieta de animais confinados, apontam os analistas do Imea.
Nesse sentido, a proteína bruta (PB) do DDG (32% PB), farelo de soja (46% PB) e caroço de algodão (20,60% PB), principais insumos proteicos, foram cotados a R$ 3,73/kg, R$ 5/kg e R$ 6,01/kg em junho (média de jun.23 até o dia 23/06), respectivamente. “Nesse sentido, o DDG se mostrou mais competitivo frente as demais fontes de proteína bruta, o que pode ser uma oportunidade para os confinadores do Estado”.