Mesmo com o predomínio da seca na região Centro-Oeste, o índice de vegetação (NDVI) das lavouras de milho segunda safra mostrou evolução, indicando produtividade recorde no Mato Grosso do Sul e bons resultados em Mato Grosso, conforme avaliação da EarthDaily Agro, empresa que monitora as lavouras por satélite.
Apesar do plantio tardio da segunda safra, a produção do Mato Grosso do Sul pode ficar acima de 13 milhões de toneladas, com produtividade de 98 sacas por hectare, o que será recorde se confirmada. Já em Mato Grosso, diante do alto NDVI, a EarthDaily Agro estima produtividade de 116 sacas por hectare, com produção de 51,5 milhões de toneladas. Nos próximos dias, a previsão é de continuidade da seca, o que irá favorecer a colheita no Estado.
Em Goiás, o NDVI prossegue em patamar satisfatório até o momento. “Consideramos que, mesmo com a seca de maio, a produtividade será positiva na temporada atual, chegando a 99,9 sacas por hectare”, avalia Felippe Reis, analista de safra da EarthDaily Agro.
Leia também: Após um mês de trabalho, colheita do milho em MT não chegou a 20% da área plantada
No Sul, a expectativa também é positiva, em especial no Paraná, diante da evolução do NDVI. A produção recorde é estimada em 15 milhões de toneladas, com produtividade de 102 sacas por hectare.
Para os próximos 10 dias, os modelos climáticos europeu (ECMWF) e americano (GFS) indicam baixa precipitação nas áreas de plantio do milho segunda safra, o que irá facilitar os trabalhos de campo. A previsão aponta para temperaturas acima da média no curto prazo em boa parte do Sul e de Mato Grosso do Sul. O ECMWF prevê temperaturas um pouco mais baixas do que o GFS, mas sem risco de geadas intensas.