Após um resultado positivo nos primeiros cinco meses do ano, com crescimento de 4,4% em relação ao mesmo período de 2022, o setor portuário brasileiro encerrou o mês de maio com a movimentação de 113,2 milhões de toneladas (t), o que representa um crescimento de 10,43% em relação a maio de 2022.
Já os portos do Arco Amazônico – também chamados de Arco Norte – localizados nos estados do Roraima, Amazonas, Pará, Amapá e Maranhão, movimentaram 135,1 milhões t no período de janeiro a maio de 2023, com destaque para a movimentação de minério de ferro que representa 67,2% da carga transportada. Os dados são da Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) e refletem o crescimento impulsionado pelo aumento na movimentação de minério de ferro, soja e petróleo.
Mato Grosso, maior produtor de grãos e fibra do Brasil, é um dos estados mais exporta a produção via Arco Norte. De janeiro a maio, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 51%, das mais de 17,61 milhões t de soja exportadas no período pelo Estado foram movimentadas por portos localizados no Norte do Brasil, como Barcarena (PA) e Santarém (PA).
leia também: Arco Norte é principal eixo de escoamento do milho em 2023
O presidente da Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica (Amport), Flávio Acatauassú, explica que o crescimento da utilização do modal hidroviário é uma realidade e uma evolução para o País, indo ao encontro de práticas sustentáveis. “O transporte hidroviário apresenta eficiência energética 29 vezes superior ao rodoviário e consome 19 vezes menos combustível. Além disso, emite seis vezes menos gás carbônico que o modal rodoviário. É uma movimentação natural este crescimento, o que vemos com muito bons olhos, por promover crescimento para o País e para região Amazônica de forma sustentável”, explica o executivo.