Em conversa virtual informal escrita (2023) com o Ex-Magnífco Fundador, Professor Gabriel Novi Neves, ele foi preciso e direto: “O fazejamento surgiu, numa época que era possível fazer.”
Em método semelhante, logramos ler do, também, Ex-Magnífico, Professor Eduardo De lamonica Freire (2023): o “fazejamento”- citado – que construiu os primeiros passos da UFMT, foi seguro e rigorosamente, correto em direção à extraordinária missão de ser um inquestionável divisor de águas deste Estado e desta região “unisélvica” que, a partir de então, com este riquíssimo adubo, assumiu o papel de catalizador de um dos estados solução deste país. Porque este “fazejamento” deu certo? Porque, conduzido por Gabriel e Dorileo, líderes e gestores do bom senso (embora, na época, neófitos), qualificados pela Ética, pelo fundamental espírito de coletividade e respeito ao bem comum, dedicando a vida pessoal a esta desafiadora e honrosa missão. Importantíssima, para uma Nação. O Grupo (inclusive eu que cheguei um pouco depois, mas pertencente à mesma Escola de vida) que ambos conduziram, gozava dos mesmos predicados públicos descritos acima. Com esta fórmula de composição inquestionável, tinha que dar certo, não? Se pensarmos bem, o “fazejamento” só dá certo quando entregue à sábios qualificados com estes dotes.
Em reforço a estes argumentos experientes e convincentes, segundo Kelly Gianezini (2018), o contexto no qual foi assinado a Lei de criação da UFMT denota o caráter de urgência e a necessidade de oferta permanente da educação superior em Cuiabá, e revela a carência de um prévio e consistente planejamento.
Na citada ponderação, a autora se apoia em B. P. Dorileo (1977) que afirma: a ordem em 1972 era implantar a Universidade. Planejar? Quando e como? Fazer, foi a decisão. O desígnio histórico não permitiria o luxo do planejamento empapelado, encadernado, pintado, lubrificado.
As circunstâncias históricas revelam que a trajetória para a implantação da UFMT foi árdua e, conforme afirma o primeiro reitor, Dr. Gabriel Novis Neves, “há páginas inequívocas de tenacidade, de determinação da gente mato-grossense e principalmente da comunidade cuiabana que tanto lutou pela ideia de sua criação. Seu começo foi difícil como qualquer começo.” (DORILEO, 2005, apud, GIANEZINI, 2018).
Como em epígrafe, o futuro sempre esteve presente na UFMT, e não é demais lembrar do Projeto Aripuanã ou Projeto Humboldt, sob a iniciativa do Professor Paulo Lomba, na década de 70, sintonizou esse projeto com as iniciativas da reunião de Estocolmo, em 1972, sobre a consonância Homem e Meio Ambiente.
Buscava-se naquela iniciativa a ocupação da Amazônia pelo Norte de Mato Grosso a partir da infraestrutura cultural e técnica formada pela UFMT, além de buscar sempre o balanceio entre ensino-pesquisa e pesquisa-ensino.
De iniciativas pensadas de maneira isolada, após 15 anos de criação, novamente a UFMT inseriu-se no cenário internacional a partir do convênio do Programa MEC/BID III, dentre um total 15 universidades brasileiras participantes do programa, beneficiado com um modelo de plano de aplicação de recursos ajustável e que teve no orçamento seu instrumento de planejamento, pois, o programa contemplava as áreas de administração e gestão, obras de edificações e infraestrutura, equipamentos, capacitação de recursos humanos e assistência técnica, cuja execução foi liderada pelo pró-reitor de planejamento e ex-reitor, Augusto Frederico Muller.
Estamos aqui diante de um saudosismo, queremos crer, produtivo, e lá se foram 53 anos de nossa Universidade, e muito foi feito e pensado nesses anos.
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O pensar para fazer de hoje – Planejamento do Desenvolvimento Institucional, iniciado na gestão do ex-reitor Paulo Speller – não há de perder a trieira delineada nesses poucos anos de existência para uma instituição de ensino superior complexa e de magnitudes físicas, equipamentos e recursos humanos imensas, que requererá, sem dúvida, participação e gestão norteada pelo objetivo maior de melhorar e continuar desenvolvendo esta instituição em sintonia com os anseios da coletividade universitária, voltadas às necessidades e desejos da sociedade mato-grossense, ofertando-a ensino, pesquisa, extensão e inovação de qualidades, a partir dos seus laboratórios diversos e multiusos e um corpo de pesquisadores altamente preparados e dedicados.
Não em vão, na atualidade, ampliam-se as relações da UFMT com várias instituições e empresas locais, estaduais, nacionais e internacionais, juntamente com a implantação de laboratórios multiusos, o que tem fomentado e atraído relações institucionais abertas e inovadoras.
Portanto, a expansão acompanhou os crescimento e desenvolvimento do estado, cuja fortaleza socioeconômica aponta para o interior, que se utiliza da tecnologia do século XXI para reduzir as distâncias dos “tempos de Humboldt”, produzir e concorrer no mercado nacional e internacional, em um mundo cada vez mais globalizado. (GIANEZINI, 2018)
Nossa UFMT precisa continuar aparecendo no cenário local, estadual, nacional e internacional, e às vezes, é preciso ser Aparecido nesta vida.
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