Dados recentes da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) vão confirmando (ainda) recordes da safra 2022/23 de milho, em Mato Grosso, quando a produção ultrapassou a marca histórica de 50 milhões de toneladas (t), reverberando saldos inéditos também nas exportações.
Conforme a Secex, o estado enviou ao exterior um total de 28,32 mi t de milho entre julho de 2023 a fevereiro deste ano. Isso representa aumento de 12,73% ante o mesmo período da safra passada. “Esse montante exportado na safra 2022/23 até fevereiro já é maior que o total escoado na safra 2021/22. Esse incremento nos envios para o mercado internacional foi pautado pela maior disponibilidade de milho no mercado interno e o aumento da demanda do mercado externo pelo grão, devido à redução da produção e do escoamento dos EUA e da Argentina”, como avaliam os analistas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), ao acessar aos números da Secretaria.
Como destacam os analistas, Mato Grosso vivenciou na safra passada de milho uma dobradinha: recorde na oferta e aumento da demanda.
Ainda sobre a análise acerca do desempenho do milho safrinha mato-grossense, a China passou a comprar milho brasileiro, uma vez que a Ucrânia apresentou dificuldades na safra em decorrência da guerra contra a Rússia. “O Imea estima que os envios até junho deste ano fiquem em 29,84 mi t para a safra 2022/23, acréscimo de 12,97% quando comparada à safra 2021/22”.
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DESMOTIVAÇÃO – O Imea divulgou os dados de comercialização de milho em Mato Grosso, referentes a fevereiro. As negociações da safra disponível (22/23) atingiram 95,01% do total da produção, avanço mensal de 6,69 pontos percentuais (p.p.) Já o preço médio ficou em R$ 39,26/sc, retração de 5,75% ante janeiro.
Já na safra 2023/24, as vendas alcançaram 21,83% do total esperado da produção, incremento mensal de 2,61 p.p. “Esse menor ritmo é em decorrência da desmotivação dos agricultores em realizar novos negócios, já que o preço reduziu 9,21% ante janeiro e ficou na média de R$ 33,69/sc.
Na safra 2024/25, as primeiras negociações foram registradas em fevereiro, 0,71% do total da produção. “Mesmo que esteja no início das vendas, a comercialização já está 6,52 p.p. atrás da média dos últimos cinco anos. Para se ter uma ideia, já é possível identificar que os produtores não estão negociando muito antecipadamente o milho, cenário parecido com o que era visto antes da safra 2020/21. Assim, os primeiros negócios registraram preço médio de R$ 30,94/sc, no mês passado”.
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