O governo de Mato Grosso deve liberar linhas de crédito emergenciais para apoio aos comerciantes do Shopping Popular de Cuiabá, destruído por um incêndio na manhã desta segunda-feira (15).
As tratativas iniciais para o suporte financeiro foram discutidas em reunião conduzida pelo governador em exercício, Otaviano Pivetta, com representantes da Associação dos Camelôs do Shopping Popular e membros das bancadas federal e estadual. O encontro ocorreu no Palácio Paiaguás. “Fizemos uma primeira reunião e a Associação nos pediu o estudo da liberação de crédito. Há boa vontade de todos os lados para apoiar os comerciantes após essa tragédia e vamos fazer isso organizadamente, com toda celeridade possível”, afirmou o governador em exercício.
Conforme o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, ficou acordado que a Associação deve entregar ao governo o balanço dos danos causados pelo incêndio, bem como as informações legais e jurídicas dos comerciantes, para subsidiar a criação de uma linha de crédito emergencial pela agência estadual de fomento, a Desenvolve MT.
“Pedimos o levantamento da situação legal dos comerciantes e do espaço, porque a legislação federal coloca limitações a respeito dessa liberação de crédito. Então, precisamos das informações para que a gente possa dimensionar o que a lei nos permite ajudar e, assim, trabalhar para criar as condições para que a gente possa ajudar a todas as famílias afetadas”, explicou.
IMPACTO – Grande parte da estrutura desabou. Segundo informações obtidas de um comerciante, houve vazamento de gás na área de alimentação no sábado (12), mesmo local onde possivelmente o fogo começou nesta madrugada.
Segundo o presidente da Associação dos Camelôs, Misael Galvão, o shopping não possuía seguro contra incêndio. “O valor do seguro era inviável, dado a grande quantidade de produtos e lojas, nenhuma seguradora aceitou fazer a cobertura”, lamentou Galvão.
O Shopping Popular era um importante centro comercial informal, abrigando centenas de camelôs que dependiam daquele espaço para garantir o sustento próprio e de suas famílias. Muitos desses trabalhadores informais haviam investido anos de dedicação e economias para montar seus pequenos negócios naquele local.
Apesar do prejuízo incalculável, Misael Galvão disse que o Shopping Popular “veio para ficar” e que irá recomeçar das cinzas, contando com o apoio do governo e da sociedade.