O Brasil e a China assinaram um acordo histórico para exportação de gergelim. O acordo foi firmado por ocasião do encontro bilateral entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping, em Brasília. Além do gergelim, também foi aberto mercado para outros três novos produtos da agropecuária brasileira – uvas frescas, sorgo e derivados de peixe.
A China, que já é a maior parceira comercial do Brasil e de Mato Grosso, grande consumidora da soja e da carne mato-grossense, poderá ampliar os volumes de compras a partir de demandas pelo gergelim. O estado é o maior produtor nacional do pulse do país.
Conforme o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a China é a maior importadora de gergelim do mundo, com participação de 36,2% nas importações globais do produto, desembolsando US$ 1,53 bilhão em 2023 na compra deste produto. Já o Brasil, que ocupou a sétima colocação nas exportações, representando 5,31% do comércio mundial, vem aumentando sua área de plantio do pulse.
O gergelim vem ganhando espaço nas lavouras brasileiras como cultura de segunda safra. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou que a abertura deste mercado se alinha com o crescimento da produção nacional, que aumentou 104% no último ano.
Segundo a Conab, para a safra 2023/24, estima-se uma produção de 360 mil toneladas, um aumento de 228 % em relação a 2021. Mato Grosso lidera o ranking de maiores produtores, com 246 mil toneladas, representando 46,7% da produção nacional.
As exportações do produto saltaram de US$ 79 milhões em 2021 para US$ 245 milhões até outubro de 2024, refletindo um crescimento de 210%.
Além de Mato Grosso, outros polos despontam na produção de gergelim a exemplo de Goiás, Pará e Tocantins. Há ainda potencial para produção na Bahia, Minas Gerais, Maranhão e Rondônia.
Os protocolos firmados entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Administração Geral de Aduana da China (GACC) estabelecem os requisitos fitossanitários e sanitários para a exportação dos produtos.
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