Em nota publicada ontem (20), Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) fez duras críticas governo federal por suspender linhas de financiamento do Plano Safra 2024/25 por falta de orçamento. A medida foi comunicada às 25 instituições financeiras que operam os recursos em um ofício enviado pelo Tesouro Nacional.
A suspensão das linhas de crédito rural, resulta conforme a FPA, do aumento da taxa Selic de 10,50% em julho de 2024 para 13,25% em janeiro de 2025, “impulsionado pela falta de responsabilidade fiscal do governo e pela desvalorização da moeda”.
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) esclarece, por meio de nota, que o plano atual foi aprovado no orçamento de 2023 e anunciado como “o maior Plano Safra da história”. “Mas, no momento em que os produtores ainda colhem a primeira safra e iniciam o plantio da próxima, os recursos já se esgotaram”, critica a nota.
E destaca que o “no mesmo dia em que o crédito rural é suspenso, a Presidência da República afirma não haver necessidade de cortar gastos. Culpar o Congresso Nacional pela própria incapacidade de gestão dos gastos públicos não resolverá o problema. A má gestão impacta no aumento dos juros e impede a implementação total dos recursos necessários”.
Conforme levantamento da entidade, o setor privado já aporta R$ 1 trilhão na produção agropecuária. O governo federal atua apenas como complemento, subsidiando parte dos financiamentos. “Apesar disso, a falta de controle orçamentário impede um planejamento eficiente”.
Itens da cesta básica, como proteínas e ovos, têm seus custos de produção diretamente afetados, já que as rações utilizadas são produzidas a partir de grãos, culturas impactadas pela falta de recurso. “A FPA seguirá firme na cobrança por políticas públicas adequadas para o restabelecimento do crédito rural, no compromisso com os produtores rurais do Brasil e com a comida barata e acessível na mesa de todos os brasileiros”, garante a entidade.
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