Enquanto o abate de bovinos no País cresceu 5,88%, na comparação anual entre os três primeiros meses desse ano, em Mato Grosso – detentor do maior rebanho nacional – a expansão foi de 7,55%.
Dados do IBGE detalham que no primeiro trimestre de 2022, o abate de bovinos no País aumentou 5,88% (+128,52 mil cab.) ante o primeiro trimestre de 2021, cenário impulsionado pela quantidade de fêmeas abatidas, equivalente a 72,37 mil toneladas a mais do que no mesmo período no ano anterior.
Diante da maior oferta de animais e intensa demanda externa, a produção brasileira de carne bovina registrou acréscimo de 6,46% no mesmo período. Nessa mesma conjuntura, em Mato Grosso, os abates aumentaram 7,55% (+26,23 mil cab.), na mesma comparação anual, o que intensificou a produção de carne em 7,84%, no mesmo comparativo, com o volume total de 95,76 mil kg produzidos.
Mediante dados do IBGE, os analistas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), destacam que o pico da produção ocorreu em janeiro (+116,40 mil kg), devido à elevada demanda chinesa no período. No entanto, nesse mesmo período a demanda interna permaneceu estagnada, devido aos altos patamares da proteína bovina no varejo.
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PROJEÇÕES – Segundo o Imea, o Valor Bruto de Produção (VBP) do boi representou 13,98% da participação agropecuária de Mato Grosso. A terceira estimativa de 2022, do VBP de Mato Grosso, estimou alta de 43,83% quando comparado à 7ª estimativa de 2021 e somou R$ 205,83 bilhões ao todo.
A pecuária representou 16,59% do resultado, enquanto a agricultura correspondeu com 83,41%. “No comparativo das cadeias, a pecuária de corte foi responsável por R$ 28,78 bilhões de participação, resultado 0,56% inferior se comparado com a última estimativa (abr.22), cenário puxado pelos preços mais baixos dentro da porteira. Ao analisar as perspectivas para 2022 ante a 2021, espera-se um incremento de 12,33% no VBP da pecuária de corte, com acumulo de R$ 28,78 bilhões. Essa alta baseia-se na maior produção de carne no Estado devido ao atual momento do ciclo da bovinocultura, onde tem ocorrido uma maior oferta de animais para o abate, especialmente das fêmeas”.
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