O Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac) participa até o próximo dia 29 de outubro do 3º Encontro de Adidos Agrícolas, evento realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em parceria com a Agência Brasil de Promoção de Exportação (Apex-Brasil). O objetivo é buscar aproximação com os representantes da produção agropecuária brasileira em diferentes países, ouvir as demandas e apresentar o sistema produtivo da carne mato-grossense.
As reuniões continuam até o final da próxima semana. Ao todo, são 27 adidos que participam do encontro. Eles atuam em regiões como Bangkok, Buenos Aires, Cairo, Camberra, Bogotá, Hanói, Jacarta, Cidade do México, Lima, Londres, Moscou, Nova Dehli, Ottawa, Paris, Pequim (dois representantes), Pretória, Rabat, Riade, Roma, Seul, Singapura, Suíça, Tóquio e Washington.
Atualmente, Mato Grosso está habilitado para exportar carne bovina e todos os subprodutos e derivados a 71 países.
O Imac já participou do primeiro dia de reuniões com os adidos no Egito e no Reino Unido e com adido da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na França. Os representantes do Brasil nos países europeus destacaram a importância da sustentabilidade na efetivação das parcerias comerciais.
O tema também foi pauta da cerimônia de abertura do Encontro. A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, chamou atenção para à importância de divulgar a sustentabilidade dos sistemas produtivos brasileiros e que não são reconhecidos internacionalmente.
O diretor operacional do Imac, Bruno de Jesus Andrade, explica que a produção brasileira tem muito a mostrar sobre a sustentabilidade do sistema. “O Código Florestal Brasileiro estabelece normas extremamente conservadoras do ponto de vista ambiental e que impõem aos produtores grandes desafios para garantir rentabilidade e produtividade”, afirma Andrade.
NEGOCIAÇÕES – Para o diretor de operações do Imac, os encontros realizados durante o 3º Encontro de Adidos são uma oportunidade para identificar potenciais parceiros ou para ampliar as relações comerciais já estabelecidas. De acordo com Bruno, o Reino Unido, por exemplo, reconhece o potencial produtivo do Estado, mas precisa de mais informações sobre as ferramentas existentes para monitorar e fiscalizar a produção.
“O Reino Unido está finalizando as discussões para implantar uma lei que obrigará a rede varejista local a rastrear as commodities adquiridas de outros países. Reino Unido é uma vitrine, é um mercado de produtos caros, e sermos bem avaliados lá pode abrir portas para outros países”, explica Bruno.
Com o Egito, Bruno de Jesus destaca que as negociações estão mais ligadas à certificação do abate Halal (processo industrial exigido por países predominantemente mulçumanos). Além disso, de acordo com o adido Cesar Teles, a qualidade da carne brasileira precisa ser mais bem divulgada para agregar valor ao produto no mercado interno.
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