O número de pessoas ocupadas no agronegócio aumentou 5,5% em 2021 em comparação com o ano anterior. São aproximadamente um milhão de pessoas a mais trabalhando no setor. O volume total representa 20% do número de pessoas ocupadas no Brasil. De acordo com o Centro de Estudos Avançados de Economia Aplicada (Cepea), este é o maior volume de trabalhadores registrados nos últimos cinco anos.
Em Mato Grosso, maior produtor de soja, milho, algodão e carne bovina do País, este crescimento é observado nas empresas que atuam no setor. A Nutripura, empresa que atua com pecuária de corte, indústrias de ração e revenda de insumos agropecuários, registrou aumento de 11% no quadro de funcionários entre 2020 e 2021. “Desde 2019, a Nutripura vem registrando crescimento consecutivo nas equipes, principalmente das áreas de pesquisas e vendas, reflexo da expansão do setor pecuária e dos investimentos em pesquisas que têm permitido à empresa ampliar e diversificar os negócios”, afirma o sócio-diretor Luciano Resende.
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De acordo com o levantamento do Cepea, o setor primário foi o que mais cresceu ano passado, com alta de 7% e somando 8,59 milhões de pessoas. Em seguida aparecem serviços, que cresceu 4,5% e somou 5,78 milhões, e a indústria, com alta de 3,5% e 3,83 milhões de pessoas ocupadas.
A valorização de commodities como soja, milho, algodão contribuiu para o crescimento dentro da porteira. Na pecuária, a bovinocultura, pesca e aquicultura cresceram, enquanto a criação de suínos e frangos caiu, pressionados pelo aumento no custo de produção.
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Para o diretor de vendas da Nutripura, Luciano Resende, o crescimento no setor de serviços e indústria foi puxado pelo aumento nas vendas de insumos, o que impulsionou a produção e comércio. “Com a valorização das commodities, os produtores trabalharam para recuperar as perdas de 2020, como ocorreu com o milho, e também para atender a demanda internacional. Na pecuária, mesmo com a saída temporária da China do mercado, que era nosso principal parceiro comercial, não houve queda nas exportações”, afirma Resende.
A expectativa da Nutripura é manter os investimentos em pesquisa e ampliar as frentes de atuação dentro do estado de Mato Grosso. “Percebemos um potencial muito grande aqui dentro do Estado e nossa meta é dobrar nossa participação no mercado de suplementação animal, pesquisas, tecnologias e gestão de produção nos próximos cinco anos”, explica o diretor de pesquisa da empresa Lainer Leite.
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