A Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) apresentou ao ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a proposta de retomada de crescimento do percentual de mistura do biodiesel no óleo diesel. A ideia da entidade é que o percentual passe dos atuais 10% para 12% em março deste ano, com um crescimento gradual até março de 2024, quando deverá chegar a 15%.
“Essa é uma matriz muito importante, terá todo nosso apoio para que possamos fortalecer a economia verde e a bioeconomia brasileira. É muito relevante essa matriz energética sustentável, que gera empregos, gera oportunidades e, mais que isso, dilui o preço na formação das rações, porque dá destino ao óleo e com isso o farelo de soja fica mais barato na produção de ração, consequentemente no preço das carnes”, disse Fávaro, ao fim do encontro.
A definição sobre as mudanças na mistura deve ser aprovada no Conselho Nacional de Politica Energética (CNPE), do qual o Ministério da Agricultura e Pecuária faz parte.
O diretor do Conselho de Administração da Aprobio, Erasmo Carlos Battistella, também apresentou ao ministro a proposta de criação de um programa nacional para tratar sobre biocombustíveis avançados, implantando o diesel verde e o bioquerosene.
“Essa é uma necessidade. O Brasil é signatário do Acordo de Corsia e, a partir de 2027, vai ter a necessidade desse produto, e essa é uma grande oportunidade para o Brasil aumentar a produção de biocombustíveis”, disse.
De acordo com os termos do Acordo, empresas aéreas que operam internacionalmente as rotas brasileiras terão obrigação de compensar suas emissões pela compra de créditos de carbono a partir de 2027.